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Campo Grande vira cenário de guerra em exercício militar da Força Aérea Brasileira

A Força Aérea Brasileira (FAB) está realizando na Base Aérea de Campo Grande a segunda fase do Exercício Conjunto (EXCON) Tápio 2021. As atividades operacionais foram iniciadas no último dia 16 e ocorrerão até o dia 3 de setembro, simulando um autêntico cenário de guerra em Mato Grosso do Sul.

Cerca de 30 aeronaves e 16 Unidades Aéreas e de Infantaria foram deslocadas para o treinamento na capital sul-mato-grossense.

Participam do Exercício na Capital aeronaves das Aviações de Caça, Transporte, Reconhecimento e Asas Rotativas. Entre elas, estão os caças A-1 AMX e A-29 Super Tucano; os helicópteros H-36 Caracal e H-60L Black Hawk; e as aeronaves C-130 Hércules, C-105 Amazonas, E-99, R-99 e C-98 Caravan.

Além disto, neste sábado (21) chegaram à Campo Grande duas aeronaves do tipo C-17 Globemaster (uma das maiores do Mundo) e que pertencem as Força Aérea dos Estados Unidos (USAF).

Os aviões transportaram dois helicópteros e soldados norte-americanos que também  participarão do Exercício Conjunto, treinando Ações de Força Aérea em uma possível participação da FAB em missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU).

No domingo (22), soldados brasileiros vão embarcar para o Haiti para ajudar na recuperação do país devastado por um terremoto seguido de furacão e que ainda passa por uma delicada crise política, onde o último presidente eleito foi assassinado a tiros dentro de sua casa.

Durante o adestramento, os militares e vetores são dispostos em cenário de guerra não convencional, no qual o combate é contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre dois estados constituídos.

Dentre as atividades, estão missões de Ataque, Reconhecimento Aeroespacial, Infiltração Aérea, Busca e Salvamento em Combate, entre outras.

A primeira fase do EXCON Tápio ocorreu, de 10 a 13 de agosto, no Campo de Provas Brigadeiro Velloso (CPBV), em Novo Progresso (PA), na região conhecida como Serra do Cachimbo.

Interoperabilidade

O adestramento é coordenado pelo Comando de Preparo (COMPREP) da FAB e conta com a participação de militares da Marinha do Brasil e do Exército Brasileiro. Por este motivo, a atividade, que está na quarta edição, passa a ser denominada EXCON.

O Diretor do Exercício e Comandante da BACG, Brigadeiro do Ar Clauco Fernando Vieira Rossetto, explica que a mudança visa demonstrar a importância da interoperabilidade para a área de Defesa do País.

“Com o EXCON Tápio, mostramos a capacidade de operar de maneira integrada, coordenada e harmônica e que essa característica é necessária para que, em uma situação de conflito, as Forças tenham o domínio dos seus ambientes de interesse e impeçam que o inimigo faça o mesmo”, completa.

O Diretor do Exercício acrescenta que a realização do EXCON Tápio é fundamental para garantir a continuidade da capacitação operacional dos militares da Instituição. “Também nos capacita para a pronta-resposta no emprego em diversas missões que são executadas pela Força”, conclui o Brigadeiro Rossetto.

Biossegurança

Assim como na edição do ano passado, o EXCON Tápio implementa o plano de biossegurança para prevenção de contaminação por COVID-19. Dentre as principais medidas estão a utilização de máscaras, manutenção do distanciamento social e uso de álcool gel.

Além desses procedimentos usuais, haverá testes para detecção do novo Coronavírus antes e durante o exercício para os militares que, porventura, não estejam vacinados, como medidas adicionais de controle.

A Comissão de Vigilância em Saúde do Exercício Conjunto Tápio 2021 terá controle dos locais de hospedagem e também das dependências da BACG, por meio de QRCode, para fins de monitoramento.

Desta forma, caso seja detectado um militar infectado, será possível recuperar, por meio de rastreabilidade, os locais onde este participante circulou e os horários, permitindo, assim, identificar possíveis contatos com outros militares do Exercício.

Os militares foram orientados a permanecerem em seus locais de hospedagem, saindo apenas quando necessário, para o atendimento das escalas de voo e engajamentos operacionais, e todas as atividades que não exijam, obrigatoriamente, a presença do militar, deverão ocorrer de maneira remota, de forma isolada, nos seus alojamentos.

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