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Operação prende membros do PCC que planejavam atentados contra agentes da segurança pública de MS

Uma operação desencadeada na manhã desta terça-feira (30) resultou na prisão de sete pessoas envolvidas com  facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). De acordo com a Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado), responsável pela ação juntamente com a Polícia Penal, uma parte do grupo criminoso lotado na região do cone-sul de Mato Grosso do Sul, planejava realizar uma série de atentados contra servidores públicos.

Batizada de Operação AKVAS, os policiais também fizeram pente-fino em diversas penitenciárias do Estado. O nome é uma expressão que remete ao termo “cavalaria” e demonstra a força do Estado quando se visa atentar contra um agente Público. A investigação pontua que o grupo pretendia matar um investigador de polícia, um policial penal e um juiz. Os nomes dos presos da facção não foram divulgados, porém, todos foram encaminhados para o Presídio da Gameleira e devem passar por audiência de custódia.

A investigação começou após a interceptação de um bilhete, em maio deste ano, que foi escrito por um bandido para a sua namorada. No texto, ele fazia uma série de ameaças a juízes e à polícia. Foi descoberto, posteriormente, que alguns integrantes, mesmo presos, de dentro dos presídios continuavam a dar ordens que eram executadas por quem estava em liberdade.

Operação prende membros do PCC que planejavam atentados contra agentes da segurança pública de MS
Facção atuava dentro de fora de presídios – (Foto: Polícia Civil)

Agentes da segurança pública em risco

A polícia cita que no dia 30 de maio deste ano houve um tumulto no Presídio de Segurança da Gameleira e, na ocasião, foi descoberto escondido dentro de um short de um detento um suposto plano de ataque contra as forças policiais. O documento tinha até mesmo instruções para produzir uma bomba caseira.

Além disso, o bilhete pedia para que os ‘irmãos do PCC’ se unissem no projeto de atacar os policiais que estariam atacando os membros da facção em Caarapó. O documento orientava ainda que as delegacias fossem monitoradas e os batalhões atacados com bombas. “Vamos montar um tabuleiro e matar no ninho”, citava uma das frases do bilhete apreendido. Ninho é o nome dado para as sedes dos batalhões policiais.

A polícia também lembrou que no dia 31 de agosto de 2016 um policial penal foi alvo de atentado a tiros na cidade de Naviraí. Na ocasião, ele seguia em uma moto Honda Biz quando homens armados em duas motos se aproximaram e começaram a atirar. O ataque ocorreu próximo ao cemitério, a cem metros da delegacia da Polícia Civil. Todos os autores foram identificados, presos e condenados a 20 anos de prisão.

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