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Campo Grande apresenta plano de ação estratégica para enfrentar a possível pandemia da ‘Varíola dos Macacos’

Com 12 casos confirmados e 37 ainda aguardando pelo resultado dos exames, Campo Grande estabeleceu sete Unidades Básicas de Saúde (UBS) como sentinelas para recolher as amostras laboratoriais dos pacientes com suspeitas de estarem infectados com a Varíola dos Macacos (Monkeypox). Além disso, as pessoas que estão com os sintomas da doença poderão ligar para uma central de teleatendimento médico, que fará o monitoramento.

As informações constam no Plano de Contingência Municipal para Monkeypox, divulgado nesta terça-feira (30) pela Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau) e que apresenta informações estratégicas e estabelece as orientações epidemiológicas, competências assistenciais e laboratoriais para a gestão dos casos da doença no Município.

De acordo com a Sesau, o plano foi elaborado para orientar os profissionais da saúde para a resposta rápida ao atual evento de saúde pública, bem como direcionar as ações da assistência e vigilância quanto à definição de caso de Monkeypox, processo de notificação, fluxo laboratorial e investigação epidemiológica em Campo Grande.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Veruska Lahdo, destaca que é importante salientar a natureza dinâmica do plano e a necessidade de reavaliar, sempre que necessário, os prazos e ações propostas em função dos diferentes cenários que, porventura, sejam observados. “A atualização do Plano ocorrerá sempre que necessário, mediante novas evidências científicas. Em relação à incidência de casos, ou não, no Município, seguiremos monitorando e acompanhando todos os dados”.

O documento reforça que todas as 73 unidades básicas e de saúde da família poderão dar a assistência e fazer o acolhimento do paciente. “É importante ressaltar que se a pessoa apresentar algum sintoma ela deve primeiramente ligar para o nosso serviço de Teleatendimento. Por lá ela será orientada a tomar a melhor conduta. Estas unidades sentinelas são referenciadas somente para a coleta, isso não significa que o paciente deve procurar somente elas. Esse fluxo de referência é somente para o serviço”, explicou Veruska.

Pelo plano, sete unidades sentinelas, uma em cada distrito sanitário, foram estabelecidas para realizar a coleta de exames de pacientes com suspeita da doença. São elas:

Distrito Anhanduizinho USF Botafogo
Distrito Bandeira USF Tiradentes
Distrito Centro UBS 26 de Agosto
Distrito Imbirussu USF Ana Maria do Couto
Distrito Lagoa USF Batistão
Distrito Prosa USF Mata do Jacinto
Distrito Segredo USF Vida Nova

Além de receber orientações, estes pacientes também serão monitorados pelo serviço de Teleatendimento. O serviço funciona diariamente, de 07h às 19h, pelo número 67 2020-2170. O Plano de Contingência Municipal para Monkeypox está disponível para consulta pública. Para fazer o download da 1ª versão, clique aqui: https://www.campogrande.ms.gov.br/sesau/downloads/plano-de-contingencia-monkeypox-1a-versao/ 

Até o momento, há 69 casos notificados da doença no Município, sendo 20 descartados, 37 suspeitos e 12 confirmados. Todos do sexo masculino. A média de idade é de 34 anos. O primeiro caso foi registrado em julho em Campo Grande.

A doença

Os principais sinais e sintomas apresentados são: febre alta e de início súbito, inchaço dos gânglios nas regiões cervical, axilar e pélvica, dores de garganta e posteriormente o aparecimento de vesículas na pele são os principais sintomas da doença, que é transmitida através de gotículas salivares ou do contato direto com a secreção expelida pela erupção na pele. 

É necessário ficar atento a todos os sintomas, porque a doença tem um período de incubação de até 21 dias, assim, todas as pessoas com quem se tem contato próximo ou íntimo neste período também podem ser contaminadas. Contudo é importante ressaltar a que o contato deve ser prolongado e íntimo, para que haja a contaminação. 

A prevenção ao contágio acontece através de medidas básicas de higiene e evitando o compartilhamento de itens pessoais, como lençóis, talheres, toalhas, roupas ou outros itens que possam ter entrado em contato direto com as vesículas ou secreções do paciente.

O cenário epidemiológico da Monkeypox pode ser acompanhado diariamente através do ”dashboard” de monitoramento implementado pelo Centro de Informação Estratégicas em Vigilância em Saúde de Campo Grande (CIEVS-CG), serviço ligado a Sesau.

O painel disponível para download na página do serviço traz informações sobre o número de casos e óbitos da doença em Campo Grande, no Brasil e no Mundo, bem como um detalhamento do cenário epidemiológicos dos casos confirmados, como a idade e sexo, data da notificação, unidades de atendimento e os sinais e sintomas apresentados.

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