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Sindicato do GCM se manifesta novamente na Câmara Municipal

Os agentes pedem que os vereadores fiscalizem a lei aprovada que trata sobre o adicional de periculosidade da categoria

Por Patrícia Martins

 

O Sindicato dos Guardas Civis Municipais de Campo Grande (SindGM-CG) esteve novamente na sessão da Câmara Municipal de Campo Grande, nesta terça-feira (16) com faixas reivindicando suas demandas que se arrastam há meses. Desta vez, com intuito de chamar a atenção dos legisladores para as causas da categoria.

O impasse que envolve a Guarda Civil Metropolitana (GCM) e a Prefeitura de Campo Grande está longe de acabar. Com faixas com a seguinte frase: “A Lei Orçamentária foi aprovada, queremos nossa periculosidade”. O sindicato pede que os vereadores fiscalizem a lei aprovada que trata sobre o adicional de periculosidade da categoria.

De acordo com o vice-presidente do SindGM-CG, Alberto da Costa Neto, o pagamento do adicional de periculosidade foi aprovado pela Câmara Municipal, mas não foi colocado em prática. “Nós viemos aqui chamar a atenção dos vereadores, para fazer valer aquilo que o presidente da Casa, Carlão, que instituiu a comissão para tratar a periculosidade dos guardas metropolitanos e a prefeita não dá um retorno para essa comissão”, esclarece.

Na ocasião, eles entregaram um ofício para os vereadores para pedir uma agenda com a prefeita Adriane Lopes para resolver a questão do pagamento adicional de periculosidade. “Não chega em um denominador do percentual, que está em de 0% a 50%, é só pagar 50% de periculosidade para os guardas, é só começar a pagar, os agentes que não recebem esse direito ele está deixando de receber seu salário em dia”, pontuou Alberto.

Foto: Ana Laura Menegat

Vale ressaltar que a categoria pede outras reivindicações. “Nós estamos pedindo vale alimentação de R$ 600, adicional noturno, letras, quinquênios (adicional por tempo de serviço), promoção horizontal a correção do decreto da periculosidade além da regularização dos plantões extras, principalmente com esses ataques que vem acontecendo nas escolas e que foi preciso ter mais profissionais trabalhando nas escolas e creches no municipais”, pontua.

Outra questão é a convocação dos alunos aprovados no concurso da Guarda Municipal. “Até agora foram 200 convocados, ainda faltam 173 para serem chamados. E precisa chamar, pois carece dessa mão de obra, por conta disso, acabam contratando vigilantes patrimoniais privados, que acabam precarizando o concurso público”, finaliza.

Foto: Reprodução Câmara Municipal de Campo Grande

Relembre o caso

Desde de 2022, os agentes estão em negociação salarial com a prefeitura. Em 4 de julho do mesmo ano, a categoria havia aprovado uma paralisação a partir do dia 07. Na sequência, a Procuradoria-Geral do Município (PGM) conseguiu liminar contra a greve estipulando caso a paralisação ocorresse, a multa de até R$600 mil, sendo R$50 mil por dia.

Mesmo com a decisão judicial, a greve da Guarda Civil Metropolitana estava mantida. A prefeita Adriane Lopes, então solicitou um prazo de 72 horas para realizar uma reunião com a contraproposta, adiando a greve da categoria.

No dia 19 de abril os agentes montaram um acampamento no canteiro central da Avenida Afonso Pena, em frente à Prefeitura de Campo Grande, nesta terça-feira (19), como forma de protesto. Foram 20 dias de acampamento, com 60 oficiais se revezando entre os três turnos que resultou na construção de uma Comissão dos vereadores municipais para discutir os quinquênios e classes atrasadas da categoria.

Em agosto, o presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, vereador Carlão (PSB), recebeu em seu gabinete na presidência da Casa de Leis, juntamente com os vereadores Valdir Gomes, Clodoilson Pires e Otávio Trad, uma comissão com membros do sindicato da Guarda Municipal.

O presidente Carlão fez o compromisso de intermediar as negociações junto à prefeitura, agendando uma próxima reunião com integrantes do Executivo e a categoria, com a presença dos vereadores. “Esse é o papel dos vereadores, auxiliar nos interesses das categorias do município e da população em geral, para que na medida do possível, tenham seus direitos garantidos e ampliados”, disse o presidente na época.

Virado o ano, o sindicato se reuniu com a prefeita em janeiro e fevereiro sem entrarem em um comum acordo. Em março, os agentes começaram a se manifestar na Casa de Lei pedindo auxílio dos vereadores para resolver o impasse.

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