Policial

Defesa diz que preso por morte de professora jogada em córrego ‘é vítima e não suspeito’ e tenta liberdade

A defesa de um dos dois presos pela morte da professora Marcia Lugo Ortiz, de 57 anos, em Campo Grande, pediu à Justiça a revogação da prisão temporária dele. Os advogados alegam que ele “é vítima e não suspeito”. Ainda não há decisão sobre o pedido.

Os dois suspeitos foram presos no dia 15 de outubro, por determinação judicial, uma semana após o corpo de Márcia ter sido encontrado no córrego Imbirussu, às margens da BR-262.

Para a polícia, a prisão do suspeito cuja defesa tenta liberdade, “é imprescindível para a investigação do inquérito policial, especialmente para a “reprodução simulada dos fatos, inquirições de testemunhas circunstanciais”.

Tal suspeito seria “confidente” e teria “relações muito íntimas” com a professora; sabia sobre um carro locado; após o crime teria mandado lavar uma SUV, feito reparos na lataria e no estofado e não teria falado à polícia sobre o homicídio.

Os advogados alegam que todas as testemunhas e suspeitos já foram ouvidos pela polícia, que o cliente deles têm residência fixa, foi mantido em cárcere e ameaçado pela pessoa que teria executado a professora e que, além de vítima da situação, também é testemunha chave.

A defesa diz ainda que já foi feita a reprodução simulada dos fatos, que o suspeito colaborou com a investigação autorizando os policiais olharem o celular dele, tendo, inclusive, fornecido a senha do aparelho.

Crime

O corpo de Márcia foi encontrado no córrego por um homem que passava pelo local. Estava vestido, de barriga pra cima, sem sinais aparentes de violência. Os policiais encontraram marcas de sangue no guard-rail da rodovia.

A professora havia sido vista pela última vez no dia 7 de outubro, entrando em uma de cor SUV preta.

Outro preso

Um outro preso pelo crime é um representante comercial de 28 anos. No momento da prisão, ele tinha na cintura, no momento da abordagem, um revólver calibre 38, com seis munições, sendo uma delas deflagrada.

À polícia, contou que comprou a arma no Paraguai e usava em defesa própria, pois empresta dinheiro a juros e convive com muita gente.

Sobre a munição utilizada, disse à polícia que foi “disparo de advertência em um bar onde tocava pagode”, para dispersar uma briga “em data recente”.

*Por G1 MS

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