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Centro de Comercialização Indígena é inaugurado na comunidade Água Bonita

Neste sábado (18), a Oca Cultural, também conhecida como Centro de Comercialização Indígena Adierson Venâncio Mota, foi inaugurada na comunidade Água Bonita, região norte de Campo Grande.

       

O evento contou com a presença da comunidade local, de visitantes e de representantes do governo estadual e municipal. Também ocorreu a venda e exposição de artesanato, roupas de danças, armas (arco, flechas e lanças), bebidas (chicha) comidas típicas das diversas etnias sul-mato-grossense e a apresentação das danças Kipáe (para que os soldados paraguaios não percebessem que os Terena estavam em grande quantidade de guerreiros, eles pisavam um sobre o rastro dos outros parentes que iam à frente. Esta estratégia é encenada logo no início da dança, conhecida como Kóho, o passo do jaburu, uma ave que anda tranquilamente quase sem fazer barulho, mudando um passo por vez. Assim eram os Terena, que andavam em fi leira sobre o rastro do outro, fazendo com que os paraguaios pensassem que estavam em uma única pessoa. Quando menos os invasores esperavam, já estavam cercados pelos indígenas. Por isso, o gingado da dança, quando os homens mexem o corpo de um lado para o outro, vem mostrar quando eles eram recebidos por arma de fogo e tinham que se esquivar da artilharia inimiga) e Siputrena (é a dança apresentada só pelas mulheres Terena. As mulheres dançam para homenagear os guerreiros ao chegarem após uma batalha contra o inimigo, ao retornar da caçada trazendo a carne para alimentar a família. Hoje ela é dançada para também festejar as datas importantes da comunidade, tal como a dança masculina. E também para que a sociedade purútuye possa entender, através da dança, que somos Terena e estamos apresentando a nossa cultura para vocês!)

Para o presidente da Associação Indígena de Moradores da Comunidade Aldeia Água Bonita, Auder Romeiro Larreia, “é uma grande satisfação que o governo esteja presente na inauguração do Centro de Comercialização Indígena, para que em um futuro próximo seja referente na exposição e vendas de produtos e da cultura indígena”, disse. O espaço será multiuso e com previsão de espaço que atenderá 30 famílias da comunidade, de terça-feira a domingo,  até às 21 horas. Auder finaliza convidando a todos a conhecerem o novo empreendimento, “este é segundo espaço (o primeiro é do mercadão) destinado a comercialização de produtos indígenas… queremos que dê certo, para ajudar a manter o índio na cidade, com uma renda digna”, pontua.

Para quem quiser conhecer o espaço, a OCA está situada na rua Ana Pimentel, 73 – Tarsila Do Amaral.

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