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Ministro pontua que Campo Grande terá papel de importância estratégica na Rota Bioceânica

A conclusão da chamada Rota Bioceânica, projeto de infraesturura terrestre que prevê a ligação do porto de Santos (SP) com os portos do Chile passando por Paraguai e Argentina, irá proporcionar para Campo Grande o multiculturalismo, a internacionalização das empresas e o turismo regional e internacional. A avaliação foi feita pelo ministro das Relações Exteriores, João Carlos Parkinson de Castro, durante a sua participação nesta segunda-feira (29) no ‘Café Estratégico’, iniciativa da Prefeitura Municipal que cria um espaço de discussão para debater os grandes temas de gestão, eficiência e aprimoramento da máquina pública.

Essa foi a primeira edição do evento, que promete acontecer pelo menos uma vez por mês, envolvendo secretários municipais e gestores públicos. Convidado para falar especificamente sobre a Rota de Integração Latinoamericana (RILA ou simplesmente Rota Bioceânica), o ministro destacou que a Capital de Mato Grosso do Sul pode assumir um papel de importância estratégica. “A RILA não oferecerá apenas uma alternativa mais eficiente e econômica para o transporte de cargas de Campo Grande, representará uma mudança importante da logística nacional e uma inserção mais competitiva de Campo Grande/Mato Grosso do Sul na região e no mercado internacional”, disse ele.

Parkinson, que também é coordenador nacional dos Corredores Rodoviário e Ferroviários Bioceânicos e coordenador-geral de Integração de Infraestrutura da América do Sul, acrescentou também que a Rota vai garantir melhor acesso aos produtos asiáticos, o que incentivará a criação de um parque tecnológico, de uma área industrial e do Terminal Intermodal de Campo Grande. O Corredor Bioceânico pretende ligar os oceanos Atlântico e Pacífico, permitindo a conexão viária do Centro-Oeste brasileiro aos portos de Antofagasta e Iquique (Chile), passando pelo Paraguai e Argentina.

“A promoção dos corredores deve, portanto, ser vista como um objetivo estratégico do Município de Campo Grande e do Estado de Mato Grosso do Sul. Não só se valorizam os estados articuladores (Acre, Rondônia, Roraima, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul), mas também se fortalecem as relações de Mato Grosso do Sul com o Paraguai, Peru, Bolívia, Uruguai, Argentina, Chile, entre outros. O Corredor Rodoviário Campo Grande-Portos do Norte do Chile valoriza a cidade e o município e promove a internacionalização do Centro-Oeste”, avaliou o ministro.

Ele também detalhou outras vantagens que a implantação do corredor pode gerar como promoção de uma nova logística regional (multimodal e, sobretudo, transnacional), que atrai operadores logísticos estrangeiros com avançada tecnologia. “Os corredores incentivam a implantação de armazéns da cadeia de frio no Centro-Oeste, a melhoria do serviço de comunicações; obrigam as universidades e o ensino técnico a oferecerem cursos de capacitação da mão de obra local; facilitam a identificação de objetivos comuns como a integração aduaneira, a formação de parcerias comerciais com empresas regionais e a construção de redes de produção”.

E quando se fala em impactos, não quer dizer apenas abertura de novos negócios, mas barateamento de serviços, taxas, facilidades de escoamento da produção, ampliação de mercado e aumento da competitividade, criação de novas oportunidades de trabalho, promoção do turismo e incentivo ao uso da tecnologia digital. “A melhoria da integração física incentivará o desenvolvimento de novas cadeias regionais de valor (exportação de insumos para o Chile e o Paraguai e a agregação de valor), facilitará o desenvolvimento de esquemas privados colaborativos e cooperativos (ganhos de escala, implementação de estratégias comerciais conjuntas, transferência de tecnologia e capacitação de profissionais) e incrementará o comércio intrarregional e internacional. Além disso, a Rota pode fortalecer as pequenas e médias empresas, e aumentar a oferta de serviços especializados”, concluiu o ministro.

Presente no evento, a prefeita de Campo Grande Adriane Lopes, frisou que Campo Grande será preparada para o futuro. “Vamos trazer iniciativas como essa, pessoas que têm conhecimento, como o ministro Parkinson, para somar ao nosso trabalho e avançarmos ainda mais naquilo que será nosso projeto prioritário, de desenvolvimento econômico, gerando oportunidades, capacitações, emprego e renda”, discursou.

Café Estratégico

O Café Estratégico é um projeto da Subsecretaria de Gestão e Projetos Estratégicos (Sugepe) alinhado ao Plano Municipal de Gestão Estratégica por  Resultados. Trata-se de um espaço de discussão que será organizado uma vez por mês, para debater os grandes temas de gestão, eficiência e aprimoramento da máquina pública, junto aos secretários municipais e gestores públicos.

“Montamos uma rede de interlocutores para dimensionar as metas de cada unidade administrativa e acompanhar a execução de cada uma delas, otimizando os processos para garantir a entrega com qualidade para o cidadão. A ideia é fazer análise de indicadores que nos ajudem a monitorar os processos, usando ferramentas modernas e inovadoras de excelência da gestão. Esse é o caminho de uma administração bem planejada, como foco em entregas que priorizam as pessoas”, salienta a Subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin. Em apenas um ano, mais de 52% das metas estipuladas no Plano já foram cumpridas.

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