Casal encontrado morto esquartejado e carbonizado na Capital pode ter sido alvo do PCC
A perícia confirmou como sendo de Priscila Gonçalves Alves, de 38 anos, o corpo encontrado esquartejado e carbonizado na manhã de segunda-feira (16) às margens da rodovia federal BR-262, na região do bairro Jardim Noroeste, em Campo Grande. O outro cadáver ainda não teve a identidade confirmada, mas acreditasse que seja do esposo dela Pedro Vilha Alta Torres, de 45 anos.
De acordo com a investigação, o casal pode ter sido vítima da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital) e o duplo homicídio pode ter relação com o tráfico de drogas. Os dois cometiam furtos e roubos na cidade para alimentar o vício das drogas, inclusive, furtavam constantemente a casa da mãe de Priscila, revendendo eletrodomésticos e outros objetos.
A mãe dela chegou a registrar um boletim de ocorrência em janeiro deste ano contra o casal, alegando sofrer ameaças. No depoimento, a mulher disse que Pedro mataria os filhos menores dela (irmãos de Priscila) caso fosse realizada a queixa policial. Os casal estava desaparecido há alguns dias e um boletim neste sentido foi registrado na segunda-feira, mesmo dia em que os corpos foram encontrados.
Apesar deste histórico, Priscila não tem registro policial, já o esposo Pedro respondeu por homicídio, ameaças, furtos, roubos, porte ilegal de arma e tem uma condenação de 7 anos e nove meses de regime fechado datado de 1998. Ele também fazia o uso da tornozeleira eletrônica.
O crime foi descoberto na segunda-feira, quando um homem passava pela rodovia e avistou os restos mortais de uma pessoa no meio de uma área de mato incendiado. Ao constatar o fato, a perícia identificou dois corpos distantes cerca de 100 metros um do outro e que haviam sido esquartejados e carbonizados.
A investigação pontuou que o responsável pelo crime usou uma faca para separar as partes dos corpos e que fez o procedimento demonstrando ter conhecimento. Foram encontradas apenas a perna direita e o tronco do homem e da mulher foram recolhidos o tronco, dois braços e a cabeça, o que facilitou o reconhecimento.
O caso começou a ser investigado pela 4ª Delegacia de Polícia Civil, mas agora está sob a responsabilidade da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes de Homicídio (DEH). Imagens de câmeras de segurança de imóveis próximos serão usados para tentar identificar algum suspeito pelo crime.