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Mãe que perdeu filha bebê em Petrópolis demorou 9 anos para engravidar: “Só aproveitei 1 ano!”

A gestação é o sonho da grande maioria das mulheres. Porém, algumas acabam tendo dificuldades para conseguir engravidar, seja por conta de problemas de saúde ou por outras situações adversas.

Superadas essas barreiras, a nova mamãe tem o momento mais mágico de toda a sua vida. Ver a barriga crescer, as mudanças no corpo, o parto, dar de mamar e todos os cuidados que o bebê necessita.

É uma fase única e que merece ser bem aproveitada, pois o tempo passa depressa demais. Além disso, nós não sabemos o que pode acontecer no dia de amanhã.

Uma mãe, moradora de Petrópolis, no Rio de Janeiro, está passando por uma terrível experiência.

Ela demorou nove anos para conseguir ficar grávida pela primeira vez, sua filha hoje tem 1 ano e 11 meses e nasceu totalmente saudável. Mas a tragédia do último dia 15 de fevereiro tirou a vida da criança de forma repentina.

A mãe em pauta se chama Giselli Carvalho. Ela não estava em casa naquele triste dia em que uma forte chuva arrasou a cidade carioca, com enchente e desmoronamento de terra, destruindo cerca de 80 casas e matando mais de 150 pessoas.

Giselli Carvalho contou em entrevista ao site G1 que, mesmo naquele caos todo da chuva, foi a pé do bairro do Cascatinha, onde trabalhava, até o Morro da Oficina, onde morava com a família.

'Às vezes acho que é um pesadelo', diz mãe que perdeu a filha  — Foto: Redes sociais
‘Às vezes acho que é um pesadelo’, diz mãe que perdeu a filha — Foto: Redes sociais

No meio do caminho chegou a falar com um dos seus vizinhos, e foi ele quem contou sobre o desabamento das casas.

Desesperada e sem conseguir contato com o seu marido, Giselli Carvalho logo viu que a sua casa tinha sido arrastada morro abaixo.

Além da filha Helena, de 1 ano e 11 meses, a sua mãe Tânia Leite Carvalho, de 55 anos, e a sobrinha Maria Eduarda Carminate Carvalho, de 17 anos, também estavam no imóvel no momento do desmoronamento.

Foi tudo tão rápido que não houve sequer tempo para pensar em dor. Depois de uma noite de agonia, os corpos dos três foram achados em um sofá da casa. Morreram todos juntos, provavelmente tentando se proteger.

A mãe relatou que a filha Helena iria ganhar a festa de dois anos de vida com o tema da Baby Moana exatamente na terça-feira (15), no seu segundo dia na escolinha, dia em que tudo aconteceu.

“Às vezes acho que é um pesadelo, que vou acordar e ela vai estar aqui. Demorei nove anos para engravidar, quis fazer as coisas certinhas para ter condições, e só aproveitei a minha filha um ano”, desabafou a mamãe.

“Já estava tudo pronto pra festinha dela. Agora não sei mais o que fazer!”, continuou relatando enquanto revia o vídeo da filha indo pra escola, dando tchau e sem chorar, como é comum nas primeiras vezes.

Giselli Carvalho contou ainda que a tristeza pela perda da mãe e da filha deve ser multiplicada pela perda dos vizinhos e amigos. “Desceram muitas casas. Tem muita gente desaparecida ainda”, lamentou.

Helena e a avó Tânia, que também morreu em Petrópolis  — Foto: Redes sociais
Helena e a avó Tânia, que também morreu em Petrópolis — Foto: Redes sociais

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