Capital

Campo Grande contabiliza estragos após temporal de mais de 100mm

A manhã deste sábado (12) foi dedicada a avaliação dos estragos deixados pela forte chuva que  atingiu Campo Grande durante a tarde-noite de ontem (11). Ao todo, foram registrados pouco mais de 100 milímetros de chuva durante cerca de três horas de tempestade, que provocou uma série de ocorrências, como alagamentos, falha na energia elétrica e queda de árvores.

Entre os principais vestígios encontrados nas ruas e avenidas da Capital, além da sujeira e da lama é claro, estão as danificações no asfalto, com crateras abertas em diferentes regiões.

Na Avenida Ernesto Geisel, a situação ficou ainda mais grave por conta do desmoronamento de parte da pista no sentido bairro-centro, nas margens do Córrego Segredo.

O trecho já foi sinalizado pela Prefeitura de Campo Grande, que deve iniciar os trabalhos de recuperação somente na segunda-feira (14). Os motoristas devem ter atenção no local.

Outros pontos detalhados pelo Município estão na Rua Antônio Maria Coelho, Avenida Guaicurus e Avenida Gabriel Devino, onde desceu muita terra, lama e sujeita.

Campo Grande contabiliza estragos após temporal de mais de 100mm
Carros e moradores descendo pela Rua Maria Carlota Giordano. (Foto: Henrique Kawaminame/Campo Grande News/Reprodução)

Na Avenida Lúdio Coelho, mais precisamente no cruzamento com a Rua Maria Carlota Giordano, que não é asfaltada, foi tomada pelo pedregulho.

Outro problema que aconteceu durante a chuva foi a interrupção no fornecimento da energia elétrica. Na Avenida Mato Grosso, uma árvore caiu sobre a fiação e deixou uma parte da via sem luz durante algumas horas, mas já foi restabelecido.

No entanto, no bairro Taveirópolis, até a manhã deste sábado a energia ainda não havia sido reestabelecida em algumas ruas.

De acordo com Energisa MS, durante a chuva cerca de 3 mil clientes ficaram sem luz durante algum momento.

A chuva dos 100 mm

De acordo os dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na primeira hora de chuva foram registrados apenas 9,4 mm, subindo para 75,4mm na hora seguinte, que também foi a de maior intensidade, e mais 16 mm na terceira e última hora, totalizando o ciclo em 100,8 milímetros. A chuva começou por volta das 15 horas, no centro-norte da cidade.

Campo Grande tem a infraestrutura urbana para suportar uma chuva de apenas 35mm, segundo os meteorologistas, com isso, sempre que o volume ultrapassa essa marca há risco de enchentes e transbordamento dos córregos, já que não há uma grande área de retenção do volume extra, especialmente na região do Córrego Segredo e do Rio Anhandui.

Sexta-feira de caos

A imagem mais marcante do temporal desta sexta-feira ficou por conta do Rio Anhandui, na altura do bairro Aero Rancho, completamente cheio.

Foram registrados vários pontos de alagamentos em diferentes avenidas, como a Coronel Antonino, Fernando Correa da Costa, Cônsul Assaf Trad, Ricardo Brandão, Hiroshima e na Ernesto Geisel, além das ruas Antônio Maria Coelho, Rui Barbosa, Bahia e 25 de Dezembro, todas no centro.

Na Vila Nova Campo Grande, um motoentregador chegou a cair em meio à enxurrada da Avenida Sete e foi socorrido por moradores.

Do outro lado da cidade, em frente a Praça Itanhangá, na Rua Joaquim Murtinho, o córrego transbordou e invadiu calçadas.

O estacionamento da Academia Bluefit, na Avenida Afonso Pena, também ficou alagado, atingindo a altura dos joelhos de um dos alunos, conforme indicam os relatos.

Também teve carro encoberto pelas águas da chuva no cruzamento das ruas Farid George e Lino Vilachá, no bairro Nova Lima. A motorista, uma mulher, precisou de atendimento do Corpo de Bombeiros após ter ficado muito nervosa com a situação.

Na Avenida Mato Grosso, próximo ao cruzamento com a Rua Alagoas, uma árvore de porte grande caiu na fiação elétrica de uma pizzaria, deixando parte da quadra sem energia.

Na Chácara Cachoeira, os bueiros transbordaram nas ruas Rodolfo José Pinho e Jeribá.

A rua Francisco Pereira Coutinho, localizada no Nova Lima próximo ao Hospital São Julião ficou bloqueada por conta do grande volume de água acumulado.

Ali perto, nas ruas Lino Vilacha e Pindaré, no Jardim Columbia, também foram registrados alagamentos.

Ainda há informações de alagamentos nos bairros Jardim das Cerejeiras, Jardim Presidente, Nascente do Segredo e Estrela do Sul.

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