Policial

Depca quer lista de atendimentos do fonoaudiólogo para tentar identificar novas vítimas de estupro

A Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) vai pedir a lista de pacientes que foram atendidos pelo fonoaudiólogo de 30 anos que está sendo investigado por prática de estupro de vulnerável em Campo Grande.  De acordo com a última atualização do caso, a família de mais dois meninos procuraram a polícia para denunciar o indivíduo.

O profissional está preso há cerca de uma semana. Até o momento, três crianças, todas pacientes dele, já relataram sofrer abuso durante os atendimentos no consultório, localizado no centro da cidade. Além disso, sete famílias já procuraram a polícia pelo fato dos filhos terem tido consultas com o investigado. A Depca acredita que possam existir mais vítimas e por isso quer ter acesso a lista dos atendimentos feitos por ele.

Ainda de acordo com a investigação, em um dos casos confirmados de estupro, a mãe da vítima disse que o filho, de 8 anos, tinha sido diagnosticado com TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e por isso passou a fazer consultas rotineiras com a clínica. No início, era uma mulher quem fazia os atendimentos, mas logo o fonoaudiólogo passou a ser o responsável por ser considerado um ‘especialista’ no caso.

A mãe suspeitou de que algo de errado estivesse acontecendo por volta do mês de novembro do ano passado, sete meses depois de iniciar os atendimentos com o investigado. Na ocasião, a mãe estranhou o comportamento do filho logo que deixou a sala médica. Ela até chegou a entrar em contato com o médico, questionando se algo de errado tinha acontecido no atendimento, mas as respostas do profissional foram negativas.

O caso

A prisão do fonoaudiólogo aconteceu no dia 09 deste mês, dentro do consultório em que trabalhava.

O caso foi descoberto após uma criança questionar o irmão mais velho, de 10 anos, se era normal o médico passar a mão nos seus órgãos genitais durante o atendimento. Após a confissão do menino, eles relataram tudo para os pais.

O menino teria um atendimento na quinta-feira (10), mas como não poderia acompanhar, a mãe adiantou para a quarta (09).

Ela acompanhou o filho e ficou na recepção, tendo antes orientado o garoto a sair correndo da sala e gritar caso alguma coisa acontecesse.

Cerca de 15 minutos de sessão, o menino saiu chorando da sala e a mãe foi até a sala, com uma testemunha, e o deteve até a chegada da polícia.

Na ocasião, o profissional teria colocado a criança na maca, passado a mão na barriga do menor e, depois, teria tocado as partes íntimas do garoto.

O menino prestou esclarecimentos em depoimento especial, acompanhado de psicóloga, confirmando novamente os abusos. Ele segue preso aguardando a conclusão do inquérito policial.

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