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Em MS, MDB teme aventura de Simone Tebet na disputa pela presidência do País

O MDB em Mato Grosso do Sul ainda não dá como certa a eventual candidatura da senadora Simone Tebet ao cargo de presidente do País nas eleições deste ano. Embora a nível nacional o nome dela já tenha sido pré-oficializado pelo partido para a disputa, estadualmente há dúvida sobre a concretização da aposta política. Na verdade, os próprios filiados sul-mato-grossenses não querem que ela se aventure por este caminho incerto.

O sentimento de incerteza é facilmente justificado olhando as pesquisas eleitorais dos últimos meses, onde o nome de Simone Tebet sequer aparece entre os três mais bem colocados, além disso, a diferença dos votos declarados à ela para os dois principais pré-candidatos hoje (leia Jair Bolsonaro e Lula) é gigantesca e cada vez mais parece incorrigível ou imutável. No entendimento dos emedebistas locais é muito mais garantido a reeleição de Simone para o Senado do que o projeto para a Presidência.

Nacionalmente, o MDB está envolvido em uma aliança partidária juntamente com o PSDB, Cidadania e o União Brasil. Na última quarta-feira (06), as lideranças de cada uma dessas siglas estiveram reunidas para debater e, mais uma vez, reafirmar o compromisso de que juntos lançarão um único candidato a presidência do País. Uma carta nesse sentido foi distribuída à imprensa, no documento, ficou definido que o nome a ser indicado em consenso pela aliança será apresentado no dia 18 de maio.

Deste quarteto partidário, três nomes se destacam entre os pré-candidatos: João Dória (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Sérgio Moro (União Brasil), sendo que o ex-juiz federal já teria sido convencido pelo partido de que é mais ‘certo’ para ele tentar um cargo de nível estadual em São Paulo, seu domicilio eleitoral. Existe a expectativa de que possa concorrer para senado ou deputado federal. Já João Dória surpreendeu ao renunciar o cargo de governador de São Paulo e dar início em sua pré-candidatura à Presidência.

Em um cenário de indefinições concretas, ou oficiais, é possível arriscar que Dória será o candidato indicado pelos partidos para concorrer contra Lula e Bolsonaro, tendo como vice, portanto, a senadora sul-mato-grossense Simone Tebet. Em comum, os três pré-candidatos citados não conseguem se aproximar dos líderes das pesquisas, nem mesmo somando o percentual dos votos declarados a eles e isso tem pesado, muito, nas definições pessoais de cada um.

Voltando à Mato Grosso do Sul, o MDB ainda não apresentou ou sinalizou quem poderá ser o candidato ao senado no pleito deste ano. A vaga em aberto na disputa é exatamente a de Simone Tebet. De acordo com os bastidores da política, os lideres do partido no Estado estão aguardando a posição final sobre o futuro dela para bater o martelo. De certo, por enquanto, apenas o fato de que André Puccinelli irá concorrer ao Governo do Estado.

Também não é certeza ainda se o partido terá chapa pura ou se será obrigado (por conta das alianças nacionais) a ter uma indicação para vice de Puccinelli. O desejo dos líderes da agremiação é a ter apenas nomes próprios, entre os cotados está o do ex-prefeito de Costa Rica, Waldeli dos Santos Rosa, 61 anos, que pode até mesmo ser o candidato da agremiação ao Senado Federal, caso Simone dispute mesmo a Presidência do País. A definição do quadro deve acontecer somente após o mês de maio.

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