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Crianças com deformidades ortopédicas têm vidas transformadas com acesso a cirurgias e tratamento adequado

Centenas de crianças portadoras de deformidades ortopédicas, sejam congênitas ou adquiridas, estão tendo a oportunidade de resgatar a sua perspectiva e qualidade de vida, através da realização de intervenções cirúrgicas e o acompanhamento até o restabelecimento de sua condição física e motora, graças a  parceria entre a Prefeitura de Campo Grande e o Hospital Universitário Maria Aparecida Pedrossian (Humap).

Nesta semana, o secretário municipal de Saúde, José Mauro Filho, esteve no Humap acompanhando os atendimentos e destacou a importância do tratamento precoce das patologias ortopédicas pediátricas.

“Quanto mais cedo essa patologia for diagnosticada e tratada de maneira correta há mais chances de uma recuperação plena e de forma mais rápida, o que vai impactar diretamente no desenvolvimento deste pacientes”, destaca.

Quatro  especialistas foram cedidos pelo Município ao hospital para que as cirurgias ortopédicas pediátricas pudessem ser realizadas. Os procedimentos eletivos foram iniciados em janeiro deste ano. Em quatro meses dezenas de pacientes já tiveram a vida transformadas, como é o caso da pequena Annalú, de três meses.

Keilla mostra o antes e depois da cirurgia da pequena Annalú. (Foto: Michel Faustino)

A pedagoga Keilla Michelle Rocha Moura, 30 anos, conta que a filha nasceu com uma patologia conhecida como pé torto congênito.  Em fevereiro, aos dois meses de idade, ela iniciou o tratamento com uso de gesso e no mês passado passou por intervenção cirúrgica no Hospital Universitário.

“É um alívio muito grande para nós porque sabemos que ela vai poder ter uma melhor qualidade de vida, sem limitações e traumas que este tipo de condição impõe. Nós enquanto pais queremos ver nossos filhos saudáveis, correndo, brincando e podendo crescer e conquistar o seu espaço”, destaca.

A pequena Annalú deverá ser acompanhada até os quatro anos de idade, com avaliação periódica da equipe médica e multiprofissional.

Annalú durante consulta de avaliação com a médica ortopedista Marina Pita. (Foto: Michel Faustino)

” Esse acompanhamento é necessário porque em alguns casos pode ser necessário a realização de uma nova intervenção cirúrgica ou somente a manutenção do tratamento no modo conservador, no qual o paciente é tratado com órteses, gessos e fisioterapia”, explica a médica ortopedista Marina Juliana Pita.

Segundo a médica, o pé torto congênito é uma das patologias mais comuns,  assim como a luxação de quadril e deformidades congênitas dos membros, e cada uma possui a sua complexidade de intervenção e tratamento.

Pré e pós-operatório de paciente com deformidade ortopédica (pernas arqueadas). (Reprodução/Arquivo Pessoal).

“É um processo lento de adaptação e recuperação , mas que traz um benefício enorme na vida desse paciente, principalmente daqueles um pouco mais velhos que têm a esperança de retomar suas atividades e crescer como qualquer outra criança”, enfatiza a profissional.

Cirurgias eletivas

Cirurgias eletivas foram intensificadas no Município.

Nos últimos meses, Campo Grande tem adotado diversas estratégias que passam pela ampliação de contratos e realização de mutirões para intensificar a realização de procedimentos eletivos, se aproximando dos números apresentados antes da pandemia por Covid-19. Essa ampliação no total de procedimentos realizados neste ano é resultado da ampliação de contratos com hospitais e realização de mutirões pela Prefeitura. 

O aumento na oferta dos serviços realizados garante a possibilidade de haver mais de um local especializado em determinado procedimento, o que resulta em celeridade no atendimento e redução da fila de espera. 

Somente nos três primeiros meses do ano, foram mais de 2,6 mil procedimentos realizados, sendo que os mais comuns são cirurgias gerais, ginecológicas, oftalmológicas e de ortopedia. Neste momento, todos os hospitais que prestam serviço ao SUS em Campo Grande já retornaram com estes procedimentos eletivos. 

Com os primeiros casos de Covid-19 na Capital, todos os procedimentos eletivos foram temporariamente suspensos, visando garantir o atendimento de pacientes que viessem a precisar de leitos, além de evitar a ocupação destes por pessoas que se aumentasse os riscos de contaminação por estarem em ambiente hospitalar e com a saúde fragilizada pelo procedimento. 

Em janeiro deste ano, mesmo com uma crescente nos novos casos de infecção pelo coronavírus, foram 786 cirurgias realizadas, já sendo um número 32% superior que no ano passado. No mês de fevereiro foi possível notar outro salto, desta vez de 15% em relação ao mês anterior. 

Enquanto em fevereiro foram realizadas 905 cirurgias eletivas, no mês passado foram mais 920 pessoas que passaram por procedimentos cirúrgicos, resultando em uma melhora na qualidade de vida.

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