PT aprova Geraldo Alckmin para vice de Lula; partido terá federação com PV e PCdoB
A chapa formada pelos partidos PT e PSB para a disputa da presidência da República nas eleições deste ano foi aprovada pelo Diretório Nacional do PT nesta quarta-feira (13). Além disso, também ficou definida a composição de uma federação envolvendo as siglas PT, PV e PCdoB.
O ato é mais uma etapa para a concretização da aliança política entre o pré-candidato a presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e do ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, pré-candidato a vice-presidente. A indicação do PSB (Geraldo Alckmin) teve 68 votos favoráveis, 13 contrários e 3 abstenções.
O ex-governador de São Paulo foi indicado oficialmente pelo PSB para ocupar a candidatura a vice-presidente na última sexta-feira (8). Em um evento com a presença de Lula e Alckmin, em São Paulo, o presidente do PSB, Carlos Siqueira, entregou uma carta de indicação à presidente do PT, Gleisi Hoffmann. Essa indicação foi aprovada na reunião do diretório petista de hoje.
De acordo com a nota do PT, todos as decisões de hoje serão definitivamente aprovadas no Encontro Nacional do partido, previsto para os dias 4 e 5 de junho. “Nossa política de aliança e táticas apontam para a ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país”, cita o texto.
Confira a nota na íntegra:
O Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunido nesta quinta-feira, 13 de abril, aprovou:
1) A formação de uma Federação de Partidos com o PCdoB e o PV;
2) As propostas de Estatuto e Carta-Programa da Federação, que serão apresentadas ao PCdoB e ao PV;
3) A coligação nacional com o PSB para as eleições presidenciais e o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para compor, como candidato a vice-presidente, a chapa que será encabeçada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Segue o texto da resolução sobre chapa:
RESOLUÇÃO SOBRE COLIGAÇÃO NACIONAL E COMPOSIÇÃO DE CHAPA COM O PSB
A eleição presidencial deste ano colocará em disputa dois projetos muito claros: o da democracia e o do fascismo.
No polo democrático, é a candidatura de Lula que tem reais possibilidades de aglutinar a maioria do sociedade, em torno de um programa de enfrentamento e substituição das políticas neoliberais e privatistas, de reafirmação da soberania e das políticas de crescimento sustentável com justiça social, de resgate dos direitos e das conquistas da classe trabalhadora, de retomada dos direitos humanos, coletivos e individuais; enfim, um programa capaz de trazer paz e prosperidade para o povo brasileiro.
Nossa política de alianças e a tática eleitoral, que já estão em construção e serão definitivamente aprovadas no Encontro Nacional de 4 e 5 de junho, apontam para a ampliação política necessária para derrotar Bolsonaro, num processo eleitoral que já se revela o mais duro desde a redemocratização do país.
Além de consolidar a unidade do campo popular, o PT deve buscar ampliar o apoio a Lula em outros setores políticos e sociais do campo democrático.
A coligação nacional com o PSB, que apresentou formalmente o nome do ex-governador Geraldo Alckmin para compor a chapa como candidato a Vice-Presidente de Lula, será importante passo na direção almejada. Confirmará nossa disposição de, no governo, implementar um programa de reconstrução e transformação do Brasil, ampliando nossa base social.
Neste sentido, o Diretório Nacional indica às delegadas e aos delegados que participarão do Encontro Nacional a aprovação desta aliança e desta composição de chapa.
Brasília, 13 de abril de 2022
DIRETÓRIO NACIONAL DO PARTIDO DOS TRABALHADORES