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Constelação Familiar: a terapia que transforma os relacionamentos entre parentes

Por mais que amamos os nossos pares, o convívio do dia a dia sempre acaba proporcionando momentos de intriga e desavença, seja por questões opinativas, de comportamentos ou por simplesmente pensar de forma contrária. Isso faz parte de qualquer relacionamento, no entanto, enquanto para algumas pessoas é algo exclusivo daquele momento, para outras o debate acaba gerando mágoas e até mesmo um trauma que carrega para toda a vida.

Pai e filho, mãe e filha, irmãos, primos, tios e sobrinhos… Não importa qual seja o grau de parentesco, se essa relação estiver abalada por alguma desavença saiba que existe uma terapia capaz de resolver este conflito familiar, proporcionando novamente àquela boa convivência de outrora.

Chamada de Constelação Familiar Sistêmica, essa nova modalidade terapêutica está ganhando popularidade no Brasil e vem transformando as relações entre parentes, antes abaladas por conta de traumas acumulados e que agora, através do acompanhamento e das técnicas, conseguem novamente estar no mesmo ambiente sem entrarem em conflitos passados.

Em Campo Grande, uma das referências no assunto é a Juliana Maria Del Grossi, bacharel em Psicologia, professora na Faculdade Anhanguera e consteladora familiar. Em entrevista ao site EnfoqueMS, ela reforçou a importância desta terapia, que não é uma técnica psicológica reconhecida pelos órgãos da área, mas que traz resultados importantes na vida de quem decide fazer.

“Através desta técnica podemos olhar para o nosso sistema familiar com amorosidade e descobrir o que estava oculto, o que estaria causando sintomas e doenças (físicas ou emocionais). Às vezes a solução não está somente em nós fazermos uma terapia, mas em conhecermos o sistema ao qual pertencemos para solucionar os conflitos de forma sistêmica”, citou ela.

Juliana Maria ponderou que a terapia da Constelação Familiar é excelente para resolver conflitos entre parentes, especialmente pais e filho. “Essa técnica é a mais recomendada para trabalhar conflitos entre pais e filhos. Quem já fez sabe o quanto é proveitoso, o quanto traz paz para esses relacionamentos”, reforçou.

A Constelação Familiar foi criada pelo teólogo, filósofo e pesquisador alemão Bert Hellinger (1925-2019) e leva em consideração conceitos energéticos e fenomenológicos. Os consteladores estudam teorias e metodologias como o psicodrama, na qual é utilizada uma técnica teatral compondo cenas trazidas pelo paciente para trabalhar as questões. O ideal é que a terapia funcione como prática complementar à psicoterapia — inclusive, o próprio SUS (Sistema Único de Saúde) já autorizou com essa finalidade.

A consteladora Juliana Maria detalhou que a terapia pode ser feita tanto de forma individual como em grupo. “Pode ser feita individual, com bonecos representando as pessoas ou questões, e em grupo, utilizando pessoas para representarem os membros da família e as questões envolvidas. É transformadora essa técnica, leva o paciente a ter inshigts que levaram anos em apenas alguns minutos”.

“Muitos têm medo de fazer em grupo, porque acham que irão se expor, mas isso não procede. Quem já fez sabe que não podem haver falas, e também existe como fazer uma constelação em grupo, em segredo, neste caso somente o paciente saberá do que se trata a constelação”, complementou a profissional.

Ela ainda explicou que não é preciso estar junto dos familiares, ou companheiro, para realizar a terapia. “É até melhor que eles não estejam presentes porque acreditamos que o campo morfogenetico irá reverberar e poderá também haver alguns movimentos nas pessoas envolvidas na constelação, mesmo que elas não tenham participado, é comum relatarem sentir um alívio”.

As sessões da terapia da Constelação Familiar duram cerca de uma hora, quando feitas de forma individual. “Em grupo geralmente é mais demorado porque você também participa das constelações de outras pessoas, o que é muito importante e terapêutico, podendo trazer muitos benefícios”, frisou. 

Juliana Maria reforçou que é importante o paciente dar continuidade ao tratamento terapêutico com psicólogos. “As pessoas que constelam devem continuar com acompanhamento terapêutico de seus psicólogos, porque essa técnica nunca, jamais, vai substituir a terapia tradicional, que sempre terá seu lugar assegurado”.

Juliana Maria conheceu a técnica em 2011, quando buscava o autoconhecimento e uma melhora emocional. “Me encantei e vi todos os benefícios em minha própria vida, na mudança dos meus relacionamentos interpessoais. Em 2013 eu já atendia fazendo constelações individuais e, em 2018, comecei a realizar os cursos de formação a pedido de alguns amigos. Estou até hoje ensinando, sempre fui professora e amo ensinar”, contou.

Outro ponto detalhado pela consteladora familiar é a oportunidade de se fazer a terapia de forma remota. “Atualmente tenho muita procura de pessoas que fazem atendimentos online, de todo o Brasil. Inclusive, os cursos de formação online também são maravilhosos, são feitos ao vivo. Ressaltando que os cursos gravados não são tão proveitosos quantos os feitos ao vivo, onde é possível os participantes interagirem entre si”.

Ela destacou, também, que é importante cuidar do nosso emocional para termos uma vida mais saudável e plena. “Cuidar da saúde emocional é muito importante, uma vez que nossas emoções regem todo o nosso corpo. Uma mente saudável, com emoções saudáveis, podem sim garantir um corpo mais saudável”, finalizou Juliana Maria.

Serviço: Para conhecer melhor a Constelação Familiar, procure por Juliana Maria Del Grossi através do telefone de contato (67) 99611-3970. Você também pode acompanhar através do Instagram clicando aqui.

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