Policial

Homem confessa que matou esposa estrangulada, mas nega cárcere e tortura

Adailton Freixeira da Silva, de 46 anos, confessou nesta segunda-feira (09) que matou a ex-namorada Francielli Guimarães Alcântara, de 36 anos. É a prmeira vez que ele assume a autoria do crime, que aconteceu no dia 26 de janeiro deste ano. A revelação aconteceu durante o depoimento dele, na audiência do caso. No ato, ele negou que ter torturado a vítima por um mês e a mantido em cárcere privado, conforme sustenta a investigação.

Conforme contou, o casal teve uma briga porque Francielli queria que a filha voltasse a morar na casa, com eles. No entanto, ele havia expulsado a menina há 3 anos. Na discussão, Adailton apertou o pescoço de esposa, que caiu na cama. Em seguida, ele colocou a cabeça dela sobre o travesseirou e pediu para o filho acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). “Pelo o que estão  falando eu matei sim”, confessou o réu.

Na audiência, ele alegou que a ex-esposa tinha surtos e que puxava os próprios cabelos, além de bater a cabeça contra a parede. Ainda conforme contou, ela sofria de diabetes e fazia tratamento para AVC, o que lhe causava muitos ferimentos. Ao juiz, o réu apontou que a mulher havia tentado se matar dias antes do crime, usando uma corda. Ainda disse que os dentes quebrados na boca de Fracielli foram em razão de uma queda no banheiro. “Ela não morreu por ação minha, morreu porque teve AVC, tomava remédio controlado”, declarou, depois, desconversando a confissão.

De acordo com a Polícia Civil, Adailton manteve a mulher em cárcere e sob tortura durante 27 dias. Francielli foi torturada com choques, pancadas na cabeça, teve perfurações pelo corpo e os dentes quebrados, além do cabelo cortado pelo marido. A sessão de tortura terminou com a morte por estrangulamento, no dia 26 de janeiro, no Portal Caiobá. Após o crime, Adailton fugiu e só foi encontrado na rodoviária de Cuiabá (MT) cinco dias depois. Ainda conforme a polícia, ele não se mostrou arrependido e ainda detalhou os momentos de terror a que submeteu a esposa por uma suposta traição.

Para o Ministério Público de Mato Grosso do Sul (MP-MS), além de impedir que Francielle Guimarães Alcântara, de 36 anos, saísse de casa e torturá-la, Adailton a matou por motivo torpe. A próxima fase do processo é o plenário. A defesa deve tentar dequalificar os crimes de tortura e cárcere privado para diminuir a pena.

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