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Bombeiros controlam incêndios no Pantanal, mas região entra em alerta para período mais seco do ano

A equipe da GCIF (Guarnição de Combate a Incêndio Florestal) conseguiu controlar e confinar o incêndio que destruiu mais de 10 mil hectares de mata nativa na região do Abobral, no Pantanal Sul-mato-grnssense. De acordo com o relatório da Operação Pantanal 2022, divulgado nesta segunda-feira (18) pelo Corpo de Bombeiros, o incêndio nesta área tinha recomeçado no final da semana passada devido a mudança no vento, agora está sendo feito o trabalho de rescaldo e monitoramento para eventuais focos novos.

Também houve sucesso na região do Nabileque, onde todos focos de queimadas já estão extintos. Em outra área que também foi atingida pelo fogo, o Paraguai Mirim, equipe da GCIF realiza agora o rescaldo.

Ainda segundo os Bombeiros, novos 23 militares irão compor a Operação Pantanal 2022. Duas equipes estão se deslocando para a região do Abobral, onde irão fazer treinamento e montar a brigada nas fazendas próximas.

Período da seca começa agora

O tenente Silvanei, do 3°Grupamento do Corpo de Bombeiros de Corumbá, reforçou que o período atual é o início do que se conhece como crítico. “O estado é de alerta. A quantidade de incêndio já registrada é superior ao mesmo período do ano passado, nossa maior preocupação é pelo impacto ambiental causado, pois o aumento desses focos de calor tem ambiente propício devido a quantidade de matéria orgânica, vegetação acumulada, que provocam grandes incêndios florestais, pois já superamos os 700 focos desde janeiro no bioma, gerando graves consequências para o meio ambiente”, ressaltou.

O Corpo de Bombeiros pediu ainda para que a população redobre os cuidados, não queimando lixo ou colocando fogo em terrenos baldios e se estiver em turismo ou pescando no Pantanal, evite fazer fogueiras ou acender churrasqueira.

Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) calculam que cerca de 123 mil hectares já foram queimados no bioma Pantanal. A maior parte desse número está concentrado no Pantanal de Mato Grosso do Sul. Corumbá já soma 483 focos desde janeiro, sendo que somente neste mês de julho foram 92.

Reunião de emergência

Bombeiros controlam incêndios no Pantanal, mas região entra em alerta para período mais seco do ano
Reunião em Campo Grande, aconteceu nesta segunda-feira (Foto: Assessoria)

Uma reunião realizada nesta segunda-feira entre os secretários estaduais Jaime Verruck (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento Econômico, Produção e Agricultura Familiar) e Antônio Carlos Videira (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), e o comandante geral do Corpo de Bombeiros do MS, coronel Dijan Leite, além do diretor-presidente do Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul, André Borges, debateu as tratativas que serão tomadas pelas autoridades para combater os incêndios florestais.

No ato, Jaime Verruck destacou que o Governo já está fazendo as ações preventivas. “Nós já estamos fazendo isso há alguns meses. Mas agora nós temos um alerta de que esse é um período mais crítico. Por isso decidimos que nós vamos publicar o decreto de emergência de incêndios florestais de Mato Grosso do Sul agora”, salientou.

Segundo ele, o Estado entra em estado de emergência ambiental e o Governo fará um decreto específico sobre isso. “A ideia é reativar imediatamente lá no CIOPS, na Polícia Militar, o Centro Integrado de Monitoramento dos Bombeiros, Imasul. Semagro e Sejusp. Fazer uma intensificação da fiscalização e do monitoramento, do patrulhamento das áreas por parte da Polícia Militar Ambiental e também continuar com as ações de prevenção de fazer aceiros nas propriedades e que são extremamente importantes para evitar desastres maiores”, explicou.

De acordo com o secretário ainda foram debatidas as questões de aumento nas horas voos para as aeronaves de combate a incêndios, ampliação dos recursos humanos, destinação de equipamentos, todo o planejamento diante desse evento crítico que pode ocorrer nos próximos três meses. “Nós vamos ter ondas de calor muito forte, seca e também ventos mais intensos. Junte-se a isso a umidade do ar baixa. Então, por isso fizemos a reunião, fazendo o planejamento com a participação de todas as entidades”, enfatizou.

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