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Fiocruz procura por voluntários para pesquisa sobre eficácia da dose fracionada da vacina contra Covid-19

Campo-grandenses estão sendo contatados via telefone pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para participarem de uma pesquisa que visa estudar os efeitos da dose fracionada da vacina contra a Covid-19. O resultado deste estudo vai ajudar na aplicação futura dos imunizantes, além de reduzir os eventuais efeitos colaterais que tanto afastam as pessoas de continuarem tomando o medicamento, essencial para prevenir o efeito mais grave da doença.

O projeto FraCT-CoV, que está sendo desenvolvido em parceria do Sabin Vaccine Institute, Universidade Aga Khan e da Universidade Stanford, tem como objetivo verificar se as doses fracionadas possuem a mesma cobertura vacinal que uma dose cheia, gerando assim menos efeitos colaterais, como dor de cabeça e dor no corpo, sintomas reclamados pelos pacientes.

Para isso, a sede da instituição em Mato Grosso do Sul tem ligado para pacientes que tomaram apenas duas doses das vacinas (Astrazeneca, Coronavac e Pfizer) há pelo menos 6 meses. Caso aceite participar, é marcada uma visita na residência e ele receberá a terceira dose do imunizante em quantidade fracionada. Depois disso, este voluntário passa a ser acompanhado pela equipe da pesquisa pelos próximos seis meses.

Surante este acompanhamento serão realizadas coletas de sangue sendo a primeira ainda no momento inicial, depois aos 28 dias, aos 3 e aos 6 meses para medir a quantidade de anticorpos formados e se as doses fracionadas conferem uma resposta imune similar quando comparadas às doses completas da vacina.

O projeto está atuando, atualmente, no Jardim Noroeste, onde um ônibus de apoio está estacionado ao lado do Cras (Centro de Referência da Assistência Social) Hércules Mandetta, na Rua Barbacena, entre as ruas Piraputanga e Indianápolis. A Fiocruz vai até os bairro onde a cobertura vacinal da dose de reforço está baixa.

Recentemente, campo-grandenses usaram as redes sociais para dizer que estavam recebendo a ligação de pessoas que se diziam ser da Fiocruz convidando para participar da pesquisa. Como não havia sido divulgado pela mídia, muitos classificaram a inicativa como fake news e possivel golpe, o que não é verdade. Ainda segundo a instituição, o grupo está identificado com camiseta do FraCT-CoV.

A pesquisa tem aprovação tanto do Ministério da Saúde, quanto da SES (Secretaria Estadual de Saúde), e possui financiamento da OMS (Organização Mundial de Saúde). O estudo é feito no Brasil e no Paquistão e já conta 250 voluntários. Ao todo, deverão ser 1.440.

De acordo com a Fiocruz, podem participar do estudo pessoas de 18 a 60 anos que ainda não tomaram a 3ª dose da vacina, sendo necessário ainda ter recebido a 1ª e a 2ª doses há pelo menos 6 meses. Mais informações do estudo podem ser encontradas na página do Instagram @fract.cov.

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