Brasil e Paraguai iniciam operações militares para combater o narcotráfico na fronteira
As Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Receita Federal, Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), Departamento de Operações de Fronteira (DOF), Polícia Civil e a Polícia Militar estão envolvidas em mais uma edição da Operação Ágata, considerada a maior força militar conjunta desenvolvida na fronteira do Brasil com Paraguai e a Bolívia, no caso específico do Estado de Mato Grosso do Sul.
A operação tem como objetivo combater o crime organizado, bem como a produção e tráfico de drogas, tráfico de armas e o contrabando na fronteira. Durante a ação, os militares realizam bloqueio e controle de estradas e rios, operações aeromóveis, patrulhas fluviais e inspeções navais utilizando ferramentas e informações geradas pelo Sisfron (Sistema de Integrado de Monitoramento de Fronteiras), além de atendimentos médicos e odontológicos para a população das cidades fronteiriças.
Em 2021, as ações preventivas e repressivas da Operação Ágata resultaram em mais de R$ 12 milhões em prejuízo ao crime organizado devido às apreensões de drogas, armas, contrabando, descaminho, dentre outros. Neste ano, além das forças policiais e militares brasileiras, também estão participando os órgãos de segurança pública do Paraguai, que está desencadeando a Operação Basalto, que tem os mesmos objetivos.
A fronteira seca entre Paraguai e Mato Grosso do Sul é apontada como a principal porta de entrada de entorpecentes, armas e munições no Brasil. Além de abrigar plantações de maconha, a região tem pistas de pouso usadas para escoar cocaína procedente da Bolívia. As principais rotas são controladas por organizações criminosas brasileiras.
A operação foi lançada oficialmente ontem (19), em Ponta Porã. “Nós estamos integrados, com operação Ágata do lado brasileiro, em toda fronteira Oeste, que pega do Norte do Mato Grosso até a divisa com o Paraná, em Mundo Novo. É um trabalho de proteção. Nós sabemos que quando fixa as barreiras, o crime organizado se recolhe. Mas a gente sabe a importância de ter segurança de fronteira e pela primeira vez com uma integração do lado brasileiro e do lado paraguaio”, complementou o governador.
A Operação Ágata segue até o dia 28 deste mês e integra o Plano Estratégico de Fronteiras do Governo Federal, criado para prevenir e reprimir a ação de criminosos na divisa do Brasil com dez países sul-americanos. O Comando Conjunto Oeste é composto por militares do Exército, Marinha e Aeronáutica, pertencentes ao Comando Militar do Oeste, 6º Distrito Naval e Ala 5, respectivamente.
Ainda segundo as informações, ao término da ação deve ser realizado o pós-ágata, que é uma outra estratégia de inteligência dos órgãos e das agências de segurança do Brasil. Nessas, acontecerá a continuidade no combate ao crime organizado, com trabalho focado em diminuir o tráfico e as apreensões de carros roubados com drogas, algo que tem acontecido muito em Mato Grosso Sul.