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Região do Abobral volta a registrar focos de incêndio

Mais uma vez a região do Abobral, no Pantanal Sul-mato-grossense, está pegando fogo. Após as chamas terem sido extintas no decorrer desta semana, novos focos do incêndio foram detectados pelo Corpo de Bombeiros, que já está trabalhando no controle das chamas. Devido as condições climáticas, com o tempo seco e a baixa umidade relativa do ar, a situação fica ainda mais complicada.

O relatório da Operação Pantanal 2022, emitido nesta sexta-feira (22), aponta que duas equipes da GCIF (Guarnição de Combate a Incêndio Florestal) estão realizando o combate aos novos focos de queimadas na região.

Ainda segundo o boletim, a área estava passando pelo trabalho de rescaldo, mas houve reignição dos focos em pontos isolados no Parque Estadual, próximo da área alagada, onde o vento contribui para as chamas reacenderem. Isso já tinha acontecido anteriormente.

Os militares também estão atuando em uma área nas proximidades de Corumbá, a cerca de 30 km da área urbana. Nesta, foram menos de três horas de combate e os focos já foram extintos, sendo feito agora o rescaldo.

Há também o trabalho de prevenção, treinamento e ratificação dos principais pontos da norma técnica 45 do CBM/MS, que trata de incêndios florestais. As ações são feitas nas regiões do Abobral; Nabileque; Paraguai-Mirim; Miranda e Coxim.

Incêndios em alta

A estimativa do Centro de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros Militar, referente ao período de 1º de junho a 17 de julho, aponta que 132.525 hectares já foram queimados em MS, sendo: Pantanal 83.175 ha; Aquidauana 11.512 ha; Anastácio 1.815 ha; Bodoquena 375 ha; Corumbá 59.812 ha; Coxim 282 ha; Corguinho 112 ha; Ladário 262 ha; Miranda 300 ha; Porto Murtinho 18.975 ha e Rio Verde de Mato Grosso 525 ha.

De acordo com os indicadores de dados do Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais (LASA), do Departamento de Meteorologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, já no primeiro semestre de 2022, em consideração ao mesmo período de 2021, houve um aumento de área queimada na bacia hidrográfica do Rio Paraguai de 215,5% nas unidades de conservação, e de mais de 400% em terras indígenas. Diante do quadro o Governo quer ter mais segurança em lidar com a questão e ter recursos disponíveis para enfrentamento dessas situações.

Estado de Emergência

Nesta sexta-feira (22), o Estado de Mato Grosso do Sul entrou em Estado de Emergência por conta do tempo seco e do alto risco de incêndios florestais no Pantanal. A estiagem já dura cerca de dois meses e não há previsão de chuvas para os próximos 10 dias.

O decreto será válido por 180 dias para todas as cidades em que o bioma pantanal está presente. São elas: Corumbá, Ladário, Miranda, Aquidauana, Porto Murtinho, Sonora, Rio Verde de Mato Grosso, Coxim, Bodoquena, Jardim, Bonito, Anastácio, Corguinho e Rio Negro.

A publicação da norma é uma forma de facilitar o trabalho dos órgãos responsáveis pelo combate e prevenção de incêndios, já que pelas prerrogativas de emergência o governo pode agir de forma descomplicada para a contratação de pessoal e compra de equipamentos.

De acordo com o Governo do Estado, já foram investidos mais de R$ 100 milhões este ano no combate aos incêndios florestais, incluindo a aquisição de equipamentos e ainda um valor adicional especialmente por meio do decreto.

“Os R$78 milhões foram para a compra de equipamentos como avião, caminhão auto bomba tanque florestal, sopradores e outros itens necessários para o combate de queimadas. Já os R$38 milhões foram dentro do decreto para o custeio operacional”, disse o governador Reinaldo Azambuja em coletiva de imprensa.

Um Sala de Situação Integrada foi criada para monitorar a situação no Pantanal. A ação  conta com o Corpo de Bombeiros Militar (CBM), Polícia Militar Ambiental (PMA) e Defesa Civil.

*Com informações do site Diário Corumbaense

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