Radialista ameaçada na fronteira diz que testemunhou execução de prefeito e pede proteção da polícia
A administradora da Rádio Futura 97,5 FM, Mirna Díaz Bower, pediu proteção à Polícia Nacional após denunciar as ameaças recebida em bilhetes e também através de capsulas de balas de pistolas entregues na emissora em que trabalha. O caso é investigado pela Polícia Nacional de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã.
Em novo depoimento na tarde desta terça-feira (9), ela disse que o caso pode estar relacionado ao assassinato do prefeito José Carlos Acevedo, uma vez que ela disse ter testemunhado o crime e que essa informação já constava no inquérito que investiga o caso.
“Ei Mirna, você sabe de muitas coisas É melhor ficar em silêncio ou você vai morrer. Não fale mais com o Ministério Público paraguaio. Estou avisando, você vai morrer”, diz o texto escrito em português em uma folha de caderno e também em um pedaço de papelão.
Em entrevista à emissora em que trabalha, a administradora, que também é advogada, disse que não tem mais nada a dizer que considera o episódio encerrado, uma que já prestou os esclarecimentos necessários.
“A única vez que fui ao Ministério Público foi no dia seguinte ao ataque, porque o Ministério Público me chamou para prestar depoimento, só que, a partir de então, nunca mais pisei no Ministério Público. Nunca mais as pessoas do Ministério Público ou da Polícia vieram até mim. Foi só naquela hora”, explicou.
A reportagem do Midiamax entrou em contato com o comissário Anibal Franco, que ressaltou que Polícia Nacional investiga o caso e que está garantindo a segurança da radialista. Entretanto, ele não quis dar declarações a respeito da ligação das denúncias com o assassinato do ex-prefeito de Pedro Juan Caballero.(Midiamax)