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Carro particular com propaganda eleitoral pode ter acionamento de seguro negado

A pessoa que decide adesivar o carro particular com propaganda eleitoral está sujeita a perder a cobertura do seguro contratado, em caso de danos ou acidentes. Caso o cliente tenha informado à seguradora que o carro é de uso particular, a empresa pode se negar a cobrir danos em um carro adesivado.

O advogado cível Alex Rodrigues Alves explica que, com adesivo de propaganda eleitoral, o carro passa a ser considerado de uso comercial. “Neste caso, a seguradora pode alegar desvio de finalidade do veículo. Até por que dificilmente alguém vai adesivar o próprio carro sem ganhar nada. E assim passa a haver um desequilíbrio contratual”, afirma.

Alex ainda explica que no caso do veículo adesivado se envolver em um acidente ou mesmo ser danificado, é difícil reverter a decisão a favor da seguradora. “Por meio judiciais o cliente pode alegar o tamanho do adesivo ou outras circunstâncias para ganhar a causa, mas não é fácil”, explica o advogado.

A seguradora Touareg Seguros afirma que se o veículo está com o perfil ‘particular’ a partir do momento que a pessoa o adesiva e passa a fazer a propaganda eleitoral, este perfil deixa de existir. Então, as seguradoras levam em conta que aumentou a circulação do carro, a quilometragem rodada por dia, o risco de colisão e até mesmo furtos, pois a pessoa começa a ir para lugares que, até então, não faziam parte do seu cotidiano.

Para evitar problemas, o proprietário do veículo deve pedir ao corretor o endosso à seguradora. “Endosso é a alteração que é feita na apólice do seguro, para que ele venha cobrir esta mudança de risco”, revela

André Carvalho Augusto, da Touareg Seguros, ao comentar que o valor a ser cobrado difere entre modelos de veículos e seguradoras. (Midiamax)

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