Policial

Estudante preso na Operação Sentinela pode ser solto se pagar R$ 5 mil de fiança

Continua preso o estudante e estagiário de Direito, de 22 anos, que foi um dos alvos da Operação Sentinela deflagrada na quarta-feira (14) em Campo Grande contra pessoas envolvidas com prostituição e pornografia infantil. De acordo com a investigação, com ele foram apreendidos mais de 220 mídias envolvendo crianças e adolescentes completamente nuas e até mesmo realizando atos sexuais.

Ele, que não teve a identidade confirmada, ficou em silêncio durante o interrogatório na sede da Delegacia Especializada de Proteção À Criança e ao Adolescente (DEPCA), responsável pelo caso, alegando que só iria depor em juízo. Ao passar pela audiência de custódia no dia seguinte, ele obteve o direito de responder o processo em liberdade mediante o pagamento de uma fiança na ordem de R$ 5 mil que até então não tinha sido paga, por essa razão, até a publicação deste texto continuava preso.

A investigação pontuou que cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa do estudante, no bairro Vida Nova II, porém, nada foi encontrado neste endereço. Em seguida, os policiais foram até outra casa que seria usada pelo suspeito, no Bairro Jardim Noroeste, e durante a vistoria dos equipamentos eletrônicos localizaram em um HD externo 27 arquivos de vídeos de sexo com menores de idade, especialmente entre 11 e 12 anos. Foram encontrados ainda em outros dispositivos mais 211 fotos de nudez de menores. Com isso, ele foi preso em flagrante por armazenar e compartilhar conteúdo pornográfico envolvendo menores de idade.

Operação prendeu cafetina que trabalhava com menores de idade

Além deste jovem a Operação Sentinela também prendeu uma cafetina em Campo Grande. A mulher confessou em audiência de custódia que ‘tocou’ uma casa de prostituição no bairro Monte Castelo até o ano passado, quando o ‘empreendimento’ fechou às portas. No entanto, ela alegou que não tinha o conhecimento da idade das meninas que trabalham com programas sexuais para ela. O valor cobrado no negócio variava de R$ 120,00 a R$ 150,00 por hora contratada.

Da mesma forma que o rapaz, ela também foi presa em flagrante armazenando vídeos e fotos de pessoas nuas e fazendo sexo, algumas dessas mídias envolvia menores de idade, de acordo com a investigação feita pela Depca. Apesar destas provas, na audiência desta quinta-feira (15), ela conseguiu o direito de responder em liberdade, porém, com o uso da tornozeleira eletrônica e medidas de recolhimento domiciliar no período noturno.

A perícia apreendeu o telefone celular da mulher, onde foram encontrados materiais pornográficos de adolescentes, bem como que ela realizava o agenciamento a fim de prostituição de adolescentes, encaminhando fotos das menores para clientes interessados. Conforme a delegada Anne Karine, da Depca, no momento da prisão duas crianças que são filhas da suspeita foram ouvidas em depoimento especial, mas não relataram sofrer qualquer tipo de abuso ou mesmo que tenham sido alvos de fotos tiradas pela mulher.

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