Policial

Jovem assassinado na Vila Aimoré foi atingido por 11 tiros após ser chamado para fora de casa

A polícia já tem as primeiras linhas de investigação para o assassinato de Leandro Gonçalves Martinez, de 22 anos, em crime ocorrido na tarde desta segunda-feira (03) na Rua Fênix, no bairro Vila Aimoré, em Campo Grande.

De acordo com o delegado plantonista da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Cepol, Daniel Luiz da Silva, que atendeu a ocorrência, a vítima conhecia os responsáveis pelo assassinato.

O delegado pontuou que Leandro recebeu uma ligação horas antes de morrer, possivelmente das mesmas pessoas que foram até a sua casa e o mataram de forma brutal.

A perícia identificou que a vítima foi atingida por 11 disparos de calibre 9mm – até então, a informação era de que ele tinha sido morto com um único tiro na cabeça. Ele não resistiu aos ferimentos e faleceu antes da chegada do socorro.

Ainda segundo a investigação, Leandro está morando naquela casa há cinco dias, juntamente com uma irmã. Vizinhos disseram que na noite de domingo (02) eles fizeram um churrasco com a presença de várias pessoas.

Dentro da casa a polícia apreendeu uma pistola Glock, de 9 mm, e um carregador com 9 munições intactas que seriam da vítima. Entre os pertences dele não foi localizado o seu telefone celular.

A polícia está fazendo buscas pela região usando como referência a indicação de que os atiradores estavam em um veículo modelo Fiat Mobi, de cor branca.

Envolvimento com o tráfico e foragido da prisão

Leandro Gonçalves estava evadido do sistema prisional, onde respondia por crimes de tráfico de drogas, homicídio, receptação e corrupção de menores. De acordo com a investigação do caso, pelo menos um tiro acertou a cabeça da vítima e outros dois atingiram a lataria do veículo dele.

Vizinhos da vítima disseram para a polícia que não tinham muito contato com o jovem. O pouco que sabiam era de que ele trabalhava na colheita da safra do milho e de soja e que no períodos de folga fazia corridas por aplicativos.

A polícia já trata o caso como um acerto de contas e possivelmente envolvendo o crime organizado. No histórico criminal do jovem, consta uma prisão ocorrida no ano de 2019, juntamente com um adolescente dentro de um táxi.

Na ocasião, os dois foram surpreendidos pela PRF (Polícia Rodoviária Federal) em Guia Lopes da Laguna e presos com uma tonelada de maconha. Ao ser preso, ele disse que receberia R$ 3 mil para levar a droga até a Capital.

O caso

Leandro foi encontrado morto em uma calçada na Rua Fênix, no bairro Vila Aimoré, em Campo Grande. A investigação do caso pontua que a vítima foi executada com um disparo de arma de fogo diretamente na cabeça, falecendo ainda no local do crime, em frente de uma residência e ao lado de um veículo.

A perícia também identificou dois disparos do mesmo calibre no carro. A dinâmica do crime ainda está sendo analisada, mas acredita-se que o jovem estava se preparando para entrar na garagem de casa quando foi abordado pelo atirador.

Vizinhos escutaram os tiros e, ao saírem para fora, encontraram o jovem já caído e sangrando. Familiares da vítima estiveram no local e fizeram o reconhecimento do corpo.

A polícia procura por câmeras de segurança de imóveis próximos para tentar identificar os responsáveis pelo assassinato. A família presta depoimento para tentar apontar alguma direção para a investigação.

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