Política

Ignorados até pelo seu ídolo político, bolsonaristas agora tentam forçar uma greve geral no País

Derrotados nas urnas e até mesmo ‘moralmente’, já que o próprio ídolo político que defendem tem os ignorados, bolsonaristas agora se articulam com a finalidade de tentar parar o País em uma espécie de ‘greve geral’ que teria como grande ‘motor de impulso’ o sistema patronal, ou seja, com os próprios empresários bancando o fechamento das portas de seus comércio.

Várias mensagens estão sendo compartilhadas nos últimos dias, e ganharam força neste final de semana, afirmando para os usuários da internet que o Brasil vai parar a partir da próxima segunda-feira (07).

A notícia, puramente falsa, é patrocinada pelo chamado Movimento Nacional de Resistência Civil (MNRC), liderado por eleitores do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL).

Na postagem, as pessoas são ‘convocadas’ a participarem do protesto contra o que chamam de ‘instalação do comunismo’. “Feche a sua empresa, indústria, fábrica e comércio e vamos lutar”, cita o texto que está sendo repassado para todo o País.

A informação é falsa, já que não há qualquer indicativo para greve neste sentido, sendo a atitude algo com fins políticos e não de direitos trabalhistas, como são os atos de paralisação.

Movimento na Capital

Em Campo Grande, os bolsonaristas estão concentrados em um acampamento que foi montado no canteiro central da Avenida Duque de Caxias, em frente ao Comando Militar do Oeste (CMO). O local tem uma estrutura rica, com comida, água e refrigerante para os participantes, que conseguem até mesmo carregar os celulares através de geradores de energia.

Nos últimos dias, quando o movimento passou a perder força, os líderes do grupo aumentaram os pedidos nas redes sociais para que os manifestantes comparecessem, ao menos, durante um período do dia no acampamento, que funciona 24 horas. O financiamento da mega estrutura é oriunda de líderes políticos bolsonaristas e empresários, especialmente do agronegócio.

O acampamento foi instalado na segunda-feira (31), durante toda a semana uma barricada foi montada obstruindo grande parte da pista no sentido centro-bairro, atrapalhando o trânsito e tumultuando a vida dos moradores daquela região, especialmente por conta do barulho do trio elétrico e dos fogos de artifícios. As autoridades públicas não se manifestam sobre a ilegalidade do ato.

Aonde está Bolsonaro?

Derrotado no último dia 30 de outubro, no segundo turno das eleições, o presidente em fim de mandato Jair Bolsonaro (PL) simplesmente deixou de fazer uso das redes sociais, como o Twitter, seu canal favorito para troca de mensagens com os apoiadores.

A última publicação em seu perfil é justamente da quarta-feira (02), quando pediu para que os protestos e bloqueios nas estradas fossem interrompidos, já que estavam prejudicando o direito do ir e vir da sociedade.

 

Principal ídolo político do movimento que quer ‘parar o país’, Bolsonaro já aceitou a derrota das urnas e autorizou o início da transferência para o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), vencedor do pleito. Apesar disso, seus apoiadores continuam pregando que as eleições foram corrompidas e, por mais bizarro que seja, pedem por uma intervenção militar.

Parados em frente aos quartéis em diferentes cidades do País, os eleitores bolsonaristas clamam para que os militares ‘tomem conta do Governo’. Se não bastasse isso, também pelas redes sociais oficiais do Exército, eles escrevem comentários pedindo para que ‘os soldados façam alguma coisa’ e que ‘escutem os pedidos da nação’. Entretanto, as Forças Armadas, ao exemplo de Jair Bolsonaro, simplesmente ignora tais pedidos dando seguimento ao curso natural da vida.

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