Policial

Forças policiais de MS farão treinamentos em Ponta Porã e Dourados contra o chamado ‘novo cangaço’

Tiros, bombas, correria, gritos.. Todo um cenário de pânico será criado nas cidades de Ponta Porã e Dourados na próxima quarta-feira (23) e na outra quarta (30), respectivamente, para que as forças policiais de Mato Grosso do Sul possam treinar e estarem preparadas para uma possível ocorrência de assalto a banco na modalidade conhecida nacionalmente como o ‘novo cangaço’.

A informação foi divulgada nesta segunda-feira (21) pelo comandante do BOPE (Batalhão de Operações Especiais), tenente coronel da PM, Vinicius de Souza Almeida, que organiza o treinamento em conjunto com o 4º Batalhão da Polícia Militar.

De acordo com a fala dele, a simulação tem por finalidade preparar as forças policiais para situações emergenciais decorrentes de ações criminosas contra instituições financeiras. “Alertamos aos moradores de que trata de uma simulação e de que haverá explosões, tiros de festim. Não se preocupem”, cita o comandante em um vídeo que circula nas redes sociais.

Os treinamentos estão agendados para acontecerem a partir das 22 horas e irão envolver todas as forças policiais de MS, além da Polícia Rodoviária Federal. O Plano de Defesa foi desenvolvido por especialistas. O treinamento também conta com a colaboração de civis e de outras instituições municipais, como a Associação Comercial de Ponta Porã e Dourados.

Novo Cangaço

Chamado de o ‘novo cangaço’, a modalidade é usada por grandes grupos de criminosos que invadem as cidades do interior, fechando suas entradas e saídas com veículos furtados que em muitas vezes são incendiados, atirando contra sedes de delegacias e batalhões policiais para intimidar a reação, além de colocarem bombas caseiras em pontos estratégicos para evitar que qualquer pessoa ande.

As quadrilhas, na maioria dos casos já registrados, são formadas por mais de 15 pessoas que se dividem nas tarefas de explodirem agências bancárias, impedirem reações policiais e até mesmo para usarem civis como reféns e escudos-humanos. Durante os roubos, os bandidos atiram para o alto e usam sistema de som alertando a população para que não saem de casa.

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