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Vereador Betinho fala sobre projeto de abrigo para maiores de 18 anos

Padrinho do abrigo masculino, o vereador se empenha agora pela implementação do feminino

Autor do projeto da Casa Masculina República de Jovens Sora Chrun, o vereador Roberto Santana dos Santos (Republicanos) que acolhe jovens maiores de 18 até 21 anos que após deixarem os abrigos. Agora o parlamentar deseja construir uma casa feminina de acolhimento.

Após quatro anos de tentativas para tirar o projeto do papel, a Casa da República Masculina foi inaugurada em 15 de abril deste ano e já recebeu 10 jovens. De acordo com Betinho, o projeto nasceu a partir da iniciativa da juíza Katy Braun, da Vara da Infância, da Juventude e do Idoso, que apresentou a ideia ao vereador após ter visto o exemplo de uma república para jovens entre 18 e 21 anos em outro estado.

A ideia é receber essas pessoas por um período determinado onde irão receber todo suporte necessário para prepará-los para a vida adulta, oferecendo estudos, amparo, assistência social atendimento jurídico e psicossocial além da qualificação profissionais assistência social e capacitação para ser encaminhado para o mercado de trabalho, conquistando sua autonomia financeira para e que possam ceder a vaga para uma outra pessoa. “Então esses três anos são fundamentais para que ele possa construir a sua história de vida, de repente constituir família, obter estudo que é o foco. Oferecemos uma capacitação, porque, uma vez que ele não teve o amor de família, não teve cuidado, não teve dignidade”, afirma.

Ao assumir o projeto na Câmara Municipal de Vereadores, Betinho conseguiu R$ 100 mil em emendas da casa para reforma e melhorias do imóvel, localizado na Vila Anahy, próximo da Vila Bandeirantes, bem como acompanhou as tratativas com a prefeitura para custeio do projeto. O empenho demonstrado pelo vereador fez com que ele fosse nomeado como padrinho da república.

Sob a coordenação da Associação dos Anglicanos Solidários e do apoio da prefeitura por meio da SAS (Secretaria Municipal de Assistência), a República de Jovens Soraia Chrun, recebe jovens que haviam sido removidos do meio familiar pela Justiça, por conta de algum tipo de violência.

Betinho salientou que os abrigos atuais só acolhem adolescentes até completar os 18 anos. “As chamadas unidades de casas de abrigo são 11 espalhadas pelo município que só atende criancinhas pequenas. Eles vão se separando por faixa etária. E tem algumas que atendem os adolescentes de 12, 11, 10, 13 anos. O problema é que eles só são abrigados até os 18. Completou 18, não tem o amparo legal, então não pode ficar. Aí é que começa um novo problema”, justifica.

Desligados das casas de acolhimento, após completar 18 anos, esses adolescentes ficam sujeitos a novas formas de violências dentro da família ou nas ruas. Segundo o parlamentar, tem jovens que ainda tem um laço familiar e acabam voltando a morar com essas pessoas que já o prejudicaram no passado e começam um novo círculo vicioso.

O legislativo também aponta outro destino para esses jovens. “Outros tem um destino mais triste, pois ainda acabam caindo no mundo das drogas, não quer voltar para o ambiente, ou às vezes, não tem mais aquele parente e aí já viu. Prostituição. E muitos acabam se perdendo nesse caminho. Então o nosso objetivo é, realmente, resgatar, oferecer uma condição digna, uma oportunidade de um novo começar”, denúncia.

Para Betinho o objetivo agora é garantir que as meninas tenham as mesmas oportunidades de acolhimento. “E agora o desafio é nós conseguirmos avançar também dentro da pauta feminina que tem uma real necessidade. Lamentavelmente há muita violência contra a mulher. Estupro. Abandono desde a infância”.

Para que a nova república se torne uma realidade, o parlamentar apresentou no dia último dia 25 de abril, uma emenda textual, à LDO (Lei Orçamentária Anual), uma vez que se trata de uma orientação sobre o que deve ser aprovado para a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2024. A votação será apenas no final do ano de 2023. “Agora o desafio é nós conseguirmos avançar também dentro da pauta feminina que tem uma real necessidade. Lamentavelmente há muita violência contra a mulher, casos de estupros, abandono desde a infância”, finaliza.

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