Caderno BColunistasGiovanni Dorival

A Mãe

Essa. Essa que deu de si

O primeiro alimento

Que fez de seu corpo

A primeira morada

E dos braços sensíveis

 

O primeiro sustento

Essa, que velou sempre

Nas orações e na vigília

Por tantos anos a fio

Essa que renega qualquer cansaço

 

Que rejeita o peso infame

Do mais insuportável fardo

Para atender as necessidades primeiras

Da criatura viva que é sua própria vida

Essa, que das mansardas lúgubres

 

Ao mais refinado palácio

É sempre a expressão incólume

Da Grande Mãe Natureza

Essência da própria Divindade

Em cada lar onde seu nome é chamado

 

Essa que pode ser ele

Que pode não ter sido a casa primeira

Mas que é o próprio abrigo humano

Sob a alcunha de pai, vó, vô, tio, tia

Tantas variações de um mesmo amor!

 

Sim! Essa que pode ter esposa ou esposo

Que pode ter sido levada a ser solo

Apenas essa e seus filhos no mundo

E, ainda assim, ter e transmitir

A esperança e a garra de lutar a cada dia

 

Por felicidade e realização

Para essa criatura nova, sob o seu amparo

Regido por sua educação e conselhos

Sim, essa! Essa que é uma peça

Essa que é igual a todas

 

Sendo completamente diferente

Essa que pode ser duas em uma

Ou uma em duas, dois, três

Essencial fundamento da vida

 

Que independente do sexo e da idade

Da existência ou não de uma consanguinidade

Mesmo quando pãe, tiãe, vãe

É e sempre será uma “Mãe”.

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