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“Salada Cultural: poesia em 360 graus”, o novo livro de Carlos Amarilha

Livro promete surpreender pela sensibilidade e recursos gráficos

Por Rozembergue Marques

Dourados é uma cidade conhecida em Mato Grosso do Sul e além-fronteiras por ser pujante na agricultura, mas também por ser um celeiro de poetas e artistas das mais variadas manifestações artísticas como música, dança, teatro, circo, artes plásticas e artesanato. Destaca-se também na literatura, com inúmeros livros lançados neste ano de 2023. Há poucos dias, o leitor (a) ganhou mais uma opção:  o poeta e historiador Carlos Amarilha, presidente do Grupo Literário Arandu, fundado em 1997, lançou o livro “Salada Cultural: poesia em 360 graus”.

De acordo com o prefácio assinado pelo também poeta Athayde Nery, “as poesias de Carlos Amarilha não são produzidas apenas pela imaginação, mas com muito estudos técnicos, metodológicos, com suporte teórico, das regras, da história literária, em busca do aprimoramento, da beleza, do encantamento poético; importante ressaltar que o poeta não tem uma ‘escola de carteirinha’, não obedece exclusivamente a alguma escola literária, não se prende a nenhuma delas”.

Ainda segundo Athayde Nery, o livro apresenta um recheio de sensibilidades e criatividade gráfica, estética e de conteúdo, “poesia que emociona, compartilha sentimento, incomoda, chuta, recompõe, grita, abraça a vida com sorriso e beijo. O poeta canta as suas indignações com o mundo infinito, incerto, contraditório, mas canta também um planeta de esperança, de beleza e de muito amor”.

Amarilha, por sua vez, acredita que o livro “vai surpreender os leitores pela forma, formosura, criatividade, engenhosidade e artes gráficas, acompanhados de ingredientes da mais pura estética da poesia contemporânea”, já que foi pensado para despertar sentimentos de beleza e estética em forma de palavras e ideias.

Citando Freud, que afirmou que ninguém escreve para ganhar fama ou para atingir a imortalidade, o escritor lembrou que todos que se dedicam à literatura escrevem em primeiro lugar para satisfazer alguma coisa que “acham” dentro de seu interior, transferindo para o papel (ou, em tempos de internet, para os meios digitais) essas percepções de vida, mundo ou universo.

“Evidentemente que quando o leitor reconhece os nossos esforços a satisfação interior aumenta, mas, mesmo assim escrevemos primeiramente para nós mesmos, seguindo um impulso que vem do íntimo”, reforça Amarilha. “Para o escritor poeta o livro pronto é uma beleza indivisível, além de um alívio de consciência, pois os poemas não pertencem mais ao poeta, mas a todos os leitores que se apropriam da leitura”, disse, em palavras que expressam a satisfação com a conclusão e lançamento do livro.

Segundo Amarilha os poemas em forma de imagens, marca de “Salada Cultural: poesia em 360 graus”, foram feitos para embelezar as letras por meio da estética das artes gráficas e ampliar o leque de visão sobre um texto escrito. “Como fui por muitos anos tipógrafo nas décadas de 1980/1990 em Mato Grosso do Sul e em São Paulo, a composição para impressão tinha que ser no sistema ‘negativo/positivo’, ou melhor, as letras tipográficas eram ao contrário (negativo), pois quando era impressa ficava legível (positivo) para o leitor ler (atualmente as impressoras e máquinas de tirar cópias fazem automaticamente do ‘negativo’ para o ‘positivo’. Por isso, em muitos poemas as letras estão invertidas ou em forma de ‘negativo’ (palavras ao contrário), para o leitor conhecer as inúmeras possibilidades de leituras”, explicou, sobre o formato diferenciado do livro.

Em “Salada Cultural: poesia em 360 graus” o poeta explora o sentimento da alma, tanto nos poemas visuais, como nos poemas em forma de versos e com uma beleza rara, inusual, sempre à procura de ritmos novos, revolucionários, não são produtos de laboratórios, mas de fontes íntimas, que faz de sua poesia um diferencial e que o coloca como um poeta singular. Pelo formato e pela intenção, é um livro inovador nesta grande seara literária que é Mato Grosso do Sul, com muitos de seus autores já fazendo parte dos temas dos vestibulares de universidades públicas e privadas (como é o caso de “Bovinoletras”, do próprio Amarilha), de feiras literárias no Brasil e no exterior e outros eventos, o que é um referencial da qualidade das obras.

 

Imagens: Divulgação

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