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Jonata e outras 8 mil pessoas conseguiram emprego formal fazendo Campo Grande a Capital de oportunidades

Depois de 7 meses sem emprego, Jonata Vieira da Silva conseguiu trabalho. Uma ação da Prefeitura de Campo Grande no bairro dele devolveu a esperança para toda a família, que hoje comemora a promoção e melhores perspectivas. Encarregado de televendas do Fort Atacadista da Ernesto Geisel, o nordestino, residente em Campo Grande há 10 anos, diz que veio para a Capital de Mato Grosso do Sul em busca de melhores oportunidades. Os pais moravam aqui e ele queria começar uma nova vida ao lado da esposa. Aqui teve o casal de filhos e tudo ia bem até que na pandemia perdeu o emprego.

“Eu estava desempregado. Não conhecia o trabalho da Funsat [Fundação Social do Trabalho], mas teve uma ação no meu bairro, em uma escola municipal e fui lá ver. Passei por uma triagem na hora e me encaminharam para uma vaga. Fui à empresa, passei pelo processo seletivo e me chamaram”, conta.

Jonata que entrou como auxiliar administrativo foi promovido poucos meses depois e hoje está encarregado pelo serviço de televendas. Ele acredita que os trabalhos anteriores influenciaram na promoção, mas sabe que seu emprenho foi fundamental para crescer. “Meu cargo influenciou, meu desempenho, mas também a liderança da loja, da gerência, em observar o trabalho e perceber o talento de cada colaborador. A empresa tem plano de cargo e carreira, o que possibilita os funcionários crescerem na empresa”, diz.

Chefe dele, a gerente da loja Viviane Conceição Casado Silva, veio para Campo Grande para trabalhar na rede de supermercado. “Vim junto com o meu marido para trabalhar no grupo. No Nordeste eu trabalhava em outra rede. O grupo estava procurando gerente mulher para vir para cá e me ofertaram a vaga. Eu estava recém- casada e decidimos tentar. Eu me casei na quarta-feira e na quinta-feira à noite a gente veio para cá e começamos a nossa vida”, conta.

Ela já está no grupo há 3 anos e vê com bons olhos as ações entre o público e o privado. Para Viviane, essas ações do setor público envolvendo as parcerias com os empregadores têm sido fundamental para a empresa contratar novos colaboradores, de forma mais rápida e eficiente.

“Temos uma rotatividade alta, o trabalho em mercado exige muito e essa parceria é muita boa. A gente consegue ter acesso a mais pessoas, a mais currículos, fazer uma triagem melhor, ter pessoas mais qualificadas para determinadas vagas. A nossa rede tem uma infinidade de vagas, desde operador de caixa, repositor, vagas de açougue, são muitas vagas. O apoio que a gente tem da Funsat é muito bom, porque os futuros colaboradores já vêm encaminhados. Já vem afunilado”, diz.

Essa e muitas outras ações vêm oportunizando que as pessoas consigam se recolocar no mercado de trabalho. Somente neste ano, 8.268 pessoas conseguiram empregos formais, o que representa 62,15% do total gerado em 2021. Sendo que, 5,6 mil novas vagas foram criadas apenas no setor de serviços. Os números consolidam Campo Grande como uma Capital de oportunidades ao gerar recordes na geração de postos formais de emprego.

Quem também assumiu uma nova vaga e é grata aos serviços de oferta de emprego da Funsat é Marilene Arruda, que trabalha na linha de produção da Semalo. Ela conta que estava empregada quando procurou os serviços da fundação, mas estava descontente com o salário.

“Fui à ação Feirão de Emprego na Estação Ferroviária. Eu estava trabalhando, mas eu ganhava entre R$ 600 a R$ 700 por mês. As contas começaram a acumular e eu conversava com meu supervisor, conversava com o responsável e ninguém providenciava nada. Aí eu tomei a decisão de ir procurar outro trabalho e sair da empresa. Foi o que eu fiz. Fui na ação e quando já estava com outro emprego eu sai” conta.

Hoje, ela ganha mais que o dobro de antes, está conseguindo limpar o nome no Serviço de Proteção ao Crédito e revela que a estabilidade de emprego permitiu que ela conseguisse comprar um presente de Dia dos namorados para o maridão.

“Dei um celular de presente no Dia dos Namorados pro meu marido. Algo que eu não tinha nem como pensar antes, estava devendo, sem dinheiro, estou muito feliz”, completa.

Já a jovem Ana Letícia Alves Talhateli, de 21 anos, conta ter ido à sede da Funsat em busca da tão sonhada vaga de cuidadora infantil.

“Eu cheguei cedo e fui super bem atendida. A minha era a quarta senha. A atendente atualizou meu cadastro (que eu já havia feito anteriormente) e com base no meu perfil ofertou as vagas. Isso facilitou bastante, porque me encaminhou para as vagas de acordo com a minha expectativa. Lá mesmo passei por um teste com psicóloga e me deram a carta de recomendação para eu agendar a entrevista”, explica.

No outro dia, Ana Letícia foi à empresa passar pelo processo de seleção e um dia depois estava trabalhando. Ela conta que desde então a vida melhorou.

“Eu estou tendo a chance de trabalhar com aquilo que eu amo e de carteira assinada. Tem muita diferença em trabalhar registrada, com todos os direitos garantidos. Por isso, eu indico muito o trabalho da Funsat. Um trabalho que, realmente, é a favor da comunidade”, afirma.

Desde 2017, a Prefeitura encaminhou 86.888 pessoas para o mercado de trabalho (até junho de 2022). Dessas, 32.823 foram jovens até 29 anos. Durante esse período a Fundação Social do Trabalho também ofertou 255 cursos gratuitos de qualificação profissional entre on-line e presencial, e 6.924 pessoas concluíram e foram certificadas.

Em 2021, a Prefeitura criou a Nova Lei do PRODES (Programa de Incentivos para Desenvolvimento Econômico e Social de Campo Grande) facilitando e desburocratizando os incentivos fiscais para MEI, ME e EPP, tornando a concessão mais ágil para esse público. A expectativa é gerar 15 mil novas vagas (direta e indireta) de emprego.

Nos últimos dois anos, Campo Grande cresceu 7,41% em número de empresas constituídas, mesmo com a pandemia da Covid-19. A capital sul-mato-grossense possuía 103.129 empresas em março de 2020 (início da pandemia). Em outubro de 2021, esse número atingiu 107.137 estabelecimentos, saltando para 110.770 em abril de 2022, um crescimento de 7,41% no período. Campo Grande representa 41,13% do quantitativo estadual de empresas constituídas, que em abril alcançou a marca de 269.338 empresas ativas.

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