MS terá 2º turno entre Capitão Contar e Eduardo Riedel; Puccinelli e Marquinhos saem derrotados
As eleições de 2022 ficarão marcadas na história política de Mato Grosso do Sul por ter registrado uma das viradas mais impressionantes de todos os tempos. Com 93% das seções já apuradas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MS) até às 18h35min deste domingo (02), haverá segundo turno no Estado.
Capitão Contar (PRTB) não vinha sendo relacionado nas pesquisas de intenção de votos como possível adversário para o segundo turno. Entretanto, o apoio declarado pelo candidato a reeleição Jair Bolsonaro (PL) na quinta-feira (30) no último debate presidencial antes do pleito, fez toda a diferença na reta final, mudando o cenário previsto pelos institutos de pesquisas e o colocando agora como o grande vencedor desta primeira etapa.
No segundo turno, ele irá enfrentar o candidato Eduardo Riedel (PSDB), que tem o apoio do atual governador Reinaldo Azambuja (PSDB) e da senadora eleita Tereza Cristina (PP). O segundo turno acontece no dia 30 de outubro (domingo).
A grande surpresa destas eleições também ficou na derrota do candidato e ex-governador André Puccinelli (MDB). Ele esteve liderando praticamente todas as pesquisas de intensão de votos desde o início da campanha política. Contra ele, pesou as acusações de corrupções e condenações de um passado recente, especialmente de quando esteve a frente do Governo do Estado. Com a imagem desgastada, Puccinelli pode até mesmo optar por se afastar da vida política a partir de agora. Ele ainda não se manifestou sobre quem irá apoiar ou qual será o seu próximo passo daqui para frente.
Outro candidato que também saiu desta eleição com um resultado muito ruim foi o ex-prefeito de Campo Grande Marquinhos Trad (PSD). Ele sequer ficou entre os cinco primeiros colocados, ocupados por Rose Modesto (União Brasil) e Giselle (PT), respectivamente quarta e quinta na disputa. Trad terminou em sexto e leva para casa a imagem manchada por um escândalo público envolvendo denúncias de crimes sexuais praticados dentro da Prefeitura da Capital em troca de empregos e cargos comissionados, conforme está sendo investigado ainda pela polícia. Ele também não se manifestou sobre qual será o seu próximo ato.