Padrasto que matou o pai de enteada na Capital alega legítima defesa
Prestou depoimento na manhã desta sexta-feira (14) o homem de 31 anos que matou o pai de sua enteada Agnaldo Costa de Souza, de 37 anos. Como o período para a prisão em flagrante já expirou, o assassino confesso foi apenas ouvido e depois liberado para aguardar a conclusão do inquérito em sua casa.
O crime em pauta aconteceu na segunda-feira (10), dentro da casa da família no bairro Alves Pereira, em Campo Grande. Na oportunidade, o pai foi até o local para buscar a filha para passar os feriados dos dias 11 e 12 com ele, no entanto, o padrasto teria iniciado uma discussão e, em seguida, atirou 11 vezes contra ele. O assassinato aconteceu na frente da adolescente.
De acordo com o delegado responsável pelo caso, Rodolfo Daltro, o padrasto confessou ter matado Agnaldo, entretanto, sustentou que o fez por legítima defesa. No depoimento, o homem explicou que comprou a arma usada no crime duas semanas antes do fato já para se defender do ex-marido de sua esposa. Ele descreveu que o rival era agressivo, inclusive, contra a sua enteada.
No dia do crime, ele relatou que recebeu a vítima em sua casa e a convidou para entrar, no entanto, houve uma discussão entre os dois sendo que, em dado momento, Agnaldo teria colocado uma das mãos na altura da cintura e ele, então, achou que o cara estava armado. Imediatamente, atirou contra a vítima várias vezes e depois fugiu, se escondendo na casa de parentes, até então. Sobre o revólver, o investigado contou que a jogou em um córrego próximo.
O delegado já ouviu o depoimento da adolescente, que é a principal testemunha do crime. Na versão dela, conforme o responsável pelo caso, os pais são separados há quatro anos, sendo que a vítima era um excelente pai, apesar disso, não queria ir com ele naquele dia. O motivo da recusa não foi detalhado.
Durante a discussão dos dois homens, o padrasto ordenou para a menina que entrasse para dentro pois iria matar o pai dela. Após visualizar a arma de fogo, a adolescente correu para dentro, mas ficou na janela observando tudo, inclusive, quando o pai foi morto.
O caso segue sendo investigado. A polícia quer saber agora como era, de fato, o comportamento da vítima com a filha e a ex-esposa, além de tentar entender como os dois homens se relacionavam. Famílias e amigos próximos dos envolvidos deverão ser convocados para prestar depoimento.