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Megaoperação contra o Aedes vai mobilizar todas as secretarias e percorrer as 7 regiões

A partir do mês de novembro, as ações de combate ao Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue, da febre Chikungunya e do vírus Zika, serão intensificadas com apoio de todas as secretarias do Município. Os detalhes da megaoperação que deve percorrer as sete regiões urbanas da Capital foram discutidos na tarde desta terça-feira (25) em reunião com todos os secretários e diretores das secretarias e autarquias públicas municipais e a prefeita Adriane Lopes, na Esplanada Ferroviária.

“É fundamental que todos nós estejamos envolvidos neste trabalho com objetivo de evitar o aumento na proliferação do mosquito e, consequentemente, o número de casos destas doenças. Nós enquanto Poder Público estamos buscando fazer a nossa parte e também contamos com a conscientização e apoio da população. Afinal, é necessário que haja união de todos para que a gente possa vencer mais essa batalha contra o mosquito”, disse a prefeita.

Conforme cronograma previamente estabelecido, a ação deve ter início no dia 03 de novembro pela Região Urbana do Segredo. Além do trabalho de inspeção e vistoria de imóveis, terrenos baldios, prédios, praças e parques públicos e o recolhimento de materiais inservíveis potenciais criadouros do Aedes aegypti, também devem ser realizadas ações de conscientização envolvendo todas as secretarias.

O secretário-adjunto municipal de Saúde, Rogério Souto, destaca a importância do esforço conjunto no enfrentamento do Aedes aegypti que somado às ações de rotina trazem resultados positivos. “As ações conjuntas são fundamentais para que o nosso trabalho seja mais efetivo”, comenta.

Para o secretário municipal de Governo e Relações Institucionais Mário César da Fonseca a iniciativa do Município em mobilizar todas as secretarias e chamar também a atenção da sociedade quanto a necessidade de um esforço coletivo no enfrentamento de doenças como a dengue a qual convivemos há décadas é de fundamental importância.“

“Temos que fazer um esforço coletivo para evitar que a gente venha a sofrer com novos surtos ou epidemias de uma doença tão terrível como é a dengue.  A prevenção sempre será a melhor solução”, enfatiza.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Secretaria Municipal de Saúde (Sesau), Veruska Lahdo, fez uma breve apresentação do cenário epidemiológico do Município. Segundo ela, apesar dos números serem considerados estáveis, historicamente há uma preocupação quanto a possibilidade de aumento de casos de dengue a partir da segunda quinzena de dezembro, o que reforça a importância da realização das ações preventivas.

” O perfil epidemiológico nos mostra que entre dezembro e janeiro há sempre aumento de casos e, por isso, é preciso que haja uma intensificação nas ações já nas próximas semanas para que a gente reduza a proliferação do mosquito”, diz.

Conforme os dados apresentados, de 01 de janeiro a 24 de outubro foram registrados 7.157 casos de dengue em Campo Grande e sete óbitos. No mesmo período, foram registrados apenas 1 caso de Zika e 29 de Chikungunya.

A superintendente reitera a necessidade da participação da população neste controle, considerando que  os levantamentos mostram que 80% dos focos do mosquito ainda são encontrados dentro das casas.

Método complementar

Além do trabalho de manejo e controle efetivo da doença com a visitação e o uso do Fumacê, a Capital  está utilizando a ciência como aliada no enfrentamento do Aedes aegypti.  Campo Grande é uma das cinco cidades do País escolhidas para receber o projeto Wolbachia.

O Método Wolbachia está em sua 5ª fase de soltura dos mosquitos e na última de engajamento em Campo Grande, sendo que a partir dos próximos meses será iniciada a soltura dos insetos nos últimos 10 bairros, fazendo, assim, com que 100% da cidade esteja contemplada pelo método. Atualmente são 64 bairros que possuem a presença do mosquito com a bactéria Wolbachia.

Assim como nas demais etapas de soltura, o Wolbachia Nas Escolas também têm um período para ser cumprido, que em geral são de 16 semanas. Desta forma, após a implementação da estratégia, é necessário aguardar um período para que seja feita a verificação da prevalência do mosquito nestas regiões.

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