A Mãe
Essa. Essa que deu de si
O primeiro alimento
Que fez de seu corpo
A primeira morada
E dos braços sensíveis
O primeiro sustento
Essa, que velou sempre
Nas orações e na vigília
Por tantos anos a fio
Essa que renega qualquer cansaço
Que rejeita o peso infame
Do mais insuportável fardo
Para atender as necessidades primeiras
Da criatura viva que é sua própria vida
Essa, que das mansardas lúgubres
Ao mais refinado palácio
É sempre a expressão incólume
Da Grande Mãe Natureza
Essência da própria Divindade
Em cada lar onde seu nome é chamado
Essa que pode ser ele
Que pode não ter sido a casa primeira
Mas que é o próprio abrigo humano
Sob a alcunha de pai, vó, vô, tio, tia
Tantas variações de um mesmo amor!
Sim! Essa que pode ter esposa ou esposo
Que pode ter sido levada a ser solo
Apenas essa e seus filhos no mundo
E, ainda assim, ter e transmitir
A esperança e a garra de lutar a cada dia
Por felicidade e realização
Para essa criatura nova, sob o seu amparo
Regido por sua educação e conselhos
Sim, essa! Essa que é uma peça
Essa que é igual a todas
Sendo completamente diferente
Essa que pode ser duas em uma
Ou uma em duas, dois, três
Essencial fundamento da vida
Que independente do sexo e da idade
Da existência ou não de uma consanguinidade
Mesmo quando pãe, tiãe, vãe
É e sempre será uma “Mãe”.