Após desistência de Moro, União Brasil coloca Luciano Bivar como pré-candidato à presidente
Luciano Bivar é o pré-candidato do União Brasil à presidente da República. O anúncio foi oficializado nesta quinta-feira (14) pelo partido, confirmando a desistência do ex-juiz federal Sérgio Moro ao cargo, conforme vinha sendo tratado desde então.
Agora, o nome dele será colocado em apreciação dentro da aliança composta também pelos partidos MDB, PSDB e Cidadania, que já tem como pré-candidados ao mesmo cargo o ex-governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e a senadora Simone Tebet (MDB).
Moro, então pré-candidato, deixou o Podemos no início do ano e ingressou no União Brasil exatamente para concorrer ao Planalto. Inclusive, era o terceiro colocado em todas as pesquisas de intenção de votos publicada pelos institutos até então.
Apesar disso, Sérgio Moro foi convencido pelos seus pares de disputar um cargo de nível legislativo em São Paulo. Mudou o seu domicílio eleitoral do Paraná para o estado vizinho e agora deve concorrer para deputado federal ou senador.
Em Mato Grosso do Sul, por exemplo, o MDB não quer que a senadora se aventure por este caminho, temendo perder a cadeira no Senado Federal. Os emedebistas locais querem a reeleição dela ao cargo ou ainda que dispute como vice de André Puccinelli, hoje pré-candidato ao Governo do Estado.
Novamente no nivel nacional da coisa, o quarteto partidário tenta encontrar um nome forte para fazer frente aos líderes das pesquisas para presidente do País, no caso Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL). Os três nomes relacionados como pré-candidatos pela aliança, mesmo somando os percentuais de votos declarados, não chegam perto deles.
A ideia é que as quatro legendas anunciem um candidato de consenso no dia 18 de maio.
Confira a nota oficial do União Brasil:
Luciano Bivar
Luciano Bivar foi presidente do time de futebol Sport Clube Recife. Elegeu-se deputado federal pela primeira vez em 1998 e, desde, então, exerceu três mandatos (em um deles, foi suplente). Hoje é o presidente nacional do União Brasil, partido esse que nasceu com a fusão entre o DEM e o PSL.
Ele foi o fundador do PSL, em 1994, e, em 2006, disputou a Presidência da República, ficando em penúltimo lugar com menos de 0,1% dos votos válidos.
O PSL tinha uma baixa expressividade no Congresso até 2014. Historicamente, nunca havia eleito mais de um deputado. No entanto, após filiar o então deputado Jair Bolsonaro, o PSL chegou à Presidência da República, elegeu 53 deputados federais, três governadores e quatro senadores.
A aliança com Bolsonaro foi encerrada em novembro de 2019. Desde então, Bivar já foi alvo de investigação da Polícia Federal no esquema que investigou as candidaturas “laranjas” do partido.
Depois disso, em uma reformulação partidária, o PSL decidiu se unir ao DEM e, com isso, deve acumular o maior fundo eleitoral na disputa deste ano, além de ter, também, o maior tempo de propaganda no rádio e na televisão.