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Putin promete ação rápida como “raio” contra interferência na guerra

O presidente russo, Vladimir Putin, subiu o tom e fez novas ameaças contra a comunidade internacional nesta quarta-feira (27/4). O líder do Kremlin afirmou que qualquer país que tentar interferir na Ucrânia enfrentará uma “resposta rápida como raio” da Rússia.

Putin declarou que todas as opções de reação em caso de interferência já estão desenhadas pela inteligência russa.

Em discurso a parlamentares da cidade de São Petersburgo, Putin afirmou que o Ocidente queria cortar a Rússia em pedaços.

“Os inimigos de nosso país aceleraram a criação de uma nova arma geopolítica”, disparou.

Putin faz nova ameaça a quem intervir na guerra da Ucrânia: “Resposta será rápida como um raio”.

Durante discurso em São Petesburgo, líder russo afirmou que país tem meios de contra-ataque dos quais ninguém mais pode se gabar.

“Não vamos nos gabar, vamos usá-los”, concluiu. pic.twitter.com/GKt2aeT59r

— Metrópoles (@Metropoles) April 27, 2022

Segundo agências internacionais de notícias, Putin garantiu que o rublo, o sistema bancário, o setor de transporte e a economia da Rússia estão bem.

Boicote ao gás

O governo russo aumentou a pressão contra a União Europeia e alertou que irá suspender o fornecimento de gás natural a todos os países que não efetuarem o pagamento dos contratos em rublos, moeda russa.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, confirmou nesta quarta-feira que o decreto do presidente Vladimir Putin será aplicado a todas as nações.

“Quando os prazos de pagamento se aproximarem, se alguns consumidores se recusarem a pagar sob o novo sistema, então o decreto do presidente será aplicado”, frisou. Em março, Putin assinou decreto que obriga os países considerados “hostis” a ter contas em bancos russos e pagar os contratos em rublos.

Peskov garantiu que a Rússia foi e “continua sendo um fornecedor confiável” de recursos energéticos para seus consumidores e segue comprometida com as obrigações contratuais.

Nesta quarta-feira, a Rússia já interrompeu o fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária, as primeiras nações a sofrerem a sanção.

Guerra

A Rússia e a Ucrânia vivem um embate por causa da possível adesão ucraniana à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), entidade militar liderada pelos Estados Unidos.

Na prática, Moscou vê essa possibilidade como uma ameaça à sua segurança. Sob essa alegação, a Rússia invadiu o país liderado por Zelensky, em 24 de fevereiro.

Apesar de ter ganhado os holofotes nas últimas semanas, o novo capítulo do impasse entre as duas nações foi reiniciado no fim de 2021, quando Putin posicionou 100 mil militares na fronteira com a Ucrânia. Os dois países, que no passado fizeram parte da União Soviética, têm velha disputa por territórioAFP

A Praça Vermelha com grande movimentação de pessoas de dia. Ao fundo vê-se o Kremlin, sede do governo russo, em Moscou – Metrópoles

Na imagem colorida, o castelo de Moscou, na Russia está no fundo e uma pesso de lado e com roupas de frio ocupa o centro da imagem

Na imagem colorida, uma industria de gás natural está posicionada no centro da imagem. No chão há neve

O conflito, iniciado em 24 de fevereiro, já impacta economicamente o mundo inteiro. Na Europa Ocidental, por exemplo, países temem a interrupção do fornecimento de gás natural, que é fundamental para vários delesVostok/ Getty Images

Na imagem colorida, uma pessoa segura uma bomba de gadolina

Embora o Brasil não tenha laços econômicos tão relevantes com as duas nações, pode ser afetado pela provável disparada no preço do petróleo Vinícius Schmidt/Metrópoles

A guerra completa, nesta quarta-feira, 63 dias. A mais recente conquista das tropas russas foi o controle da cidade portuária de Mariupol.

A tensão no Leste Europeu voltou a subir, depois de ataques ucranianos contra o território russo.

A escalada da violência também é influenciada pelo naufrágio do navio militar Moskva, maior embarcação de guerra russa no Mar Morto. A Ucrânia reivindicou o ataque.

Além disso, ataques recentes contra a Moldávia estão assustando líderes globais, que temem que o conflito saia de controle.

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