Caderno BCapitalGeralGiovanni DorivalPolíticaSaúdeSocial

Profissionais são homenageados no Dia Municipal da Enfermagem

Em sessão solene na Câmara Municipal vereador Tabosa outorga Medalha Legislativa “Wanda Horta”

A Câmara Municipal de Campo Grande realizou, na noite desta quarta-feira (17), sessão solene de outorga da Medalha Legislativa “Wanda Horta”, aos profissionais da área, Eder Rodrigues de Lima, e a Rayanne Soares de Lima em comemoração ao Dia Municipal da Enfermagem. A data foi instituída na Casa de Leis por meio das Resoluções 1.126/2011 e 1.278/2018.

“O Dia Municipal dos Enfermeiros e Enfermeiras é uma oportunidade de reconhecer e celebrar as contribuições valiosas e o trabalho dedicado dos profissionais de enfermagem em todo o mundo. É um momento para destacar seu papel essencial na prestação de cuidados de saúde, sua dedicação ao bem-estar dos pacientes e sua capacidade de promover a saúde e prevenir doenças”, lembrou o vereador Tabosa.

A Enfermagem é uma profissão que tem como principal objetivo o cuidado ao ser humano e o tratamento de doenças que comprometam o bem-estar e a qualidade de vida. Hoje em dia, o enfermeiro é um profissional imprescindível em uma equipe multidisciplinar de saúde.

As origens da enfermagem estão estreitamente ligadas à da própria medicina, a partir da pré-história e principalmente da Antiguidade quando o cuidado dos enfermos eram atributos de sacerdotes. Neste período, as doenças eram interpretadas como castigo divino e cabia ao religioso interpretar a vontade da divindade e aplicar os métodos de cuidado e cura do paciente.

Foto: Canva

Posteriormente, com a chegada do período medieval e da Idade Moderna, esses cuidados foram assumidos por monges cristãos e por curandeiras que eram perseguidas pela Santa Inquisição sob a acusação de feitiçaria. O patriarcado se evidenciou por muito tempo em profissões de cuidadores, sob o pensamento de que as mulheres eram demasiadamente frágeis e incapazes intelectualmente de cuidar de outrem, sendo as profissões de magistério e curadores no espaço público, assumidas por homens, enquanto as mulheres só poderiam exercer essas funções no espaço privado do lar doméstico ou dentro dos monastérios.

Foi a partir da Revolução Industrial e, principalmente das Grandes Guerras Mundiais que as mulheres conseguiram sair do âmbito privado e exercer a função de cuidadoras de feridos e enfermos junto a hospitais e trincheiras, sendo, hoje reconhecidas como dominantes dentro da profissão ao longo da história. O próprio modelo contemporâneo de enfermagem é atribuído a partir do trabalho de Florence Nightingale, que desenvolveu métodos para o tratamento de feridos de guerra em meados de 1840.

De família rica e muito religiosa, os estudos de Florence foram a base de vários avanços na área, como o desenvolvimento de novos procedimentos e técnicas de cuidado.

Ignorando os pajés das diversas etnias dos povos originários, no Brasil, a presença da enfermagem é registrada a partir do período colonial quando surgiu a Organização da Enfermagem. Em 1543 foi inaugurado a Santa de Casa de Misericórdia, em Santos, São Paulo, seguido pela unidade de Salvador, na Bahia (1549), que até hoje funciona como instituição de ensino. Eram, então os negros escravizados que realizavam os primeiros tratamentos por meio das ervas medicinais.

Mais tarde, em fins do século XIX, o aumento populacional nas cidades impulsionado pelo êxodo rural impôs a necessidade de atenção à saúde pública. Cada vez mais necessário, o enfermeiro passou a ganhar maior relevância, principalmente nos contextos de guerra, como a do Paraguai, de Canudos, e de Farrapos, entre outras.

Com passar do tempo, e, principalmente entre o final do século XIX e princípios do século XX, foram surgindo novas escolas de Enfermagem pelo país, contribuindo para o desenvolvimento e a regulamentação da profissão junto ao Ministério da Saúde, no Sistema Único de Saúde (SUS) e a organização dos trabalhadores em associações, sindicatos e conselhos, como o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).

A história da Enfermagem no Brasil e no mundo está repleta de personagens femininas que contribuíram para avanços em diversas áreas de cuidados e assistência a pessoa humana. Em seu site, a Faculdade IDE enumera 7 enfermeiras que mudaram o mundo com seu trabalho, entre as quais destacamos a pioneira da Enfermagem no Brasil durante o século XIX, Anna Nery, que mesmo viúva e com três filhos, atuou como enfermeira voluntária na Guerra do Paraguai.

Conhecida por sua carreira de musicista, a Rainha do Samba, Ivone Lara, era graduada em Enfermagem e Especialista em Assistência Social. Durante o exercício da enfermagem, Ivone chegou a trabalhar em Hospitais Psiquiátricos dedicando 37 anos no cuidado de pacientes com distúrbios mentais.

Foto: Canva

Foi colaboradora da doutora Nise da Silveira, psiquiatra que revolucionou o atendimento nos manicômios do Brasil aplicando um método humanizado entre aqueles que eram tido como loucos pela sociedade da época.

Considerando o contexto social da saúde, os enfermeiros salvam vidas e contribuem significativamente para a assistência aos pacientes, sendo um braço importante da medicina em sua atuação junto ao setor médico e por parte da equipe de técnicos. O papel do enfermeiro na saúde pública é fundamental e abrangente encontrando-se em agências governamentais, organizações não governamentais e na comunidade em geral.

Na saúde pública, os enfermeiros desempenham diversas funções para promover a saúde, prevenir doenças, e fornecer cuidados aos indivíduos, monitoramento e controle de doença; planejamento e gestão de serviços de saúde; cuidados primários de saúde, educação em saúde, famílias e comunidades, entre outros serviços. Eles também fornecem informações sobre doenças, tratamentos, cuidados preventivos, bem como instruções sobre medicamentos, autocuidado, práticas de higiene e outros aspectos relacionados à saúde.

Como forma de representar todos os profissionais, que no Mato Grosso do Sul, somam 9.347 profissionais da área registrados, o vereador Marcos Tabosa, do PDT, concedeu aos enfermeiros Rayanne Soares de Lima e Eder Rodrigues de Lima a significativa homenagem da Medalha Legislativa “Wanda Horta“. Conhecida como uma das mais importantes profissionais da História da Enfermagem no Brasil, Wanda Horta foi a responsável por introduzir os conceitos de Enfermagem que são aceitos no Brasil ao criar a Teoria das Necessidades Humanas Básicas. Suas pesquisas apresentam e confirmam a Enfermagem como ciência e arte quanto aos cuidados dos pacientes.

De acordo com o vereador Tabosa, a iniciativa da homenagem a Eder e a Rayanne é uma maneira de valorizar e destacar o trabalho árduo e essencial dos profissionais da enfermagem, que desempenham um papel fundamental na assistência à saúde e no bem-estar da comunidade.

Formada pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) onde fez Residência de Enfermagem, Raynne é enfermeira obstetra. Conhecido como Eder Maguila, o enfermeiro atualmente licenciado assistencial do hospital El Kadri e licenciado do Hospital Regional para o SINTSS/MS para o cargo de diretor de esporte cultura e laser, começou sua carreira quando entrou no Exército em 1995. Fez curso de Auxiliar de Enfermagem e se tornou Bacharel em Enfermagem e Pós-Graduação em Urgência e Emergência, atuando há 25 anos na profissão.

Para o vereador Marcos Tabosa, que é também presidente do Sindicato dos Funcionários e Servidores Municipais de Campo Grande, a data serve como um lembrete de que a enfermagem é uma profissão essencial e vital para o funcionamento dos sistemas de saúde em todo o mundo. “É uma oportunidade de expressar gratidão e reconhecimento pelos enfermeiros e enfermeiras, que desempenham um papel crucial na promoção, prevenção, cuidados e recuperação da saúde das pessoas”, finaliza Tabosa.

 

Com colaboração de Assessoria de imprensa do Vereador

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *