Assinatura do contrato pela prefeitura, autorizou o início das obras do Condomínio Belas Artes
Localizado em área central da capital, condomínio projeto apresenta inovação junto ao Minha Casa, Minha Vida.
Em reunião realizada na sede da Caixa, nesta última quarta-feira (24), a Prefeitura de Campo Grande assinou um contrato com a Caixa Econômica Federal e a empresa vencedora do certame, Cesari Engenharia, para início imediato às obras, do Condomínio Belas Artes, localizado no Bairro Cabreúva, região central da Capital. Com 792 apartamentos previstos na primeira etapa, a empresa construtora deve começar de imediato as primeiras 256 unidades.
De acordo com a prefeitura, o empreendimento deve beneficiar mais de 3.200 cidadãos com moradias em excelente localização, além de proporcionar novos empregos, geração de renda e tributos que serão revertidos em melhorias para a população da Capital.
Avaliado em R$ 20 milhões, o terreno onde o condomínio será construído foi doado pelo Município para facilitar o acesso à moradia digna a 498 famílias do Grupo 2 que possuem renda mensal correspondente ao Grupo 2 do Programa Minha Casa Minha Vida, de até cinco salários mínimos.
Além disso, a Agência Municipal de Habitação e Assuntos Fundiários (Amhasf), também receberá, pela Prefeitura, a contrapartida de 80 unidades (equivalente a 10,10% da totalidade de moradias), avaliadas em R$ 198 mil cada, que serão transferidas para a carteira imobiliária da Amhasf, com o objetivo de atender ao programa de Locação Social.
“É uma satisfação poder estar aqui neste momento muito importante para as famílias selecionadas, que já podem contar com o início da construção desse empreendimento tão relevante na área central do Município. Ele veio para dar uma resposta positiva, com a finalidade inclusive, de colaborar com os empresários preocupados com o esvaziamento do centro. Esse e outros projetos já previstos na região vão fortalecer a economia e o desenvolvimento de toda a cidade, pois é ela quem ganha”, analisou a prefeita Adriane Lopes, que acompanhou o projeto piloto desde o início.
Habitação do Centro
A política de habitação do Município, há muito tem buscado maneiras de concentrar população na área central com o objetivo de fomentar a ocupação de áreas com vazios urbanos e a revitalização do comércio na Zona Especial de Interesse Cultural (ZEIC), por meio da melhoria da infraestrutura e dos espaços públicos.
No caso piloto de habitação que prevê a construção das unidades habitacionais do Condomínio Belas Artes, o projeto está baseado em estudos de viabilidade econômico-financeira contratados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que vem dando suporte à capital no desenvolvimento da política de locação social em Campo Grande.
Entre os diferenciais do projeto está o conceito de fachada ativa, que prevê o uso misto habitacional e comercial (comércio e serviços no térreo). Outro destaque é quanto à sustentabilidade. A proposta de construção considera a integração de soluções ambientais, de eficiência energética, conforto térmico e acústico, incorporando economia no uso de energia e água, sistema de captação e reuso de água, fontes alternativas de energia e destinação adequada de resíduos.
Como o objetivo de promover a habitação e requalificação dos espaços públicos como elementos estratégicos desencadeadores da recuperação e da revitalização da área central e de seu patrimônio edificado, o projeto é considerado pioneiro na implantação do modelo atual de regras em discussão do novo Minha Casa Minha Vida.
Para a coordenadora do Reviva Campo Grande e subsecretária de Gestão e Projetos Estratégicos, Catiana Sabadin, a obra se alia à Rua 14 de Julho e ao quadrilátero central já requalificados, promovendo mais qualidade de vida à população, além de permitir melhor mobilidade, mais consumo e ampliação de oferta de serviços a partir da moradia na área central. “Todos saem ganhando. O objetivo é fazer do centro uma região residencial, promovendo familiaridade, pertencimento e fluxo constante nesses bairros, pelas pessoas que lá habitarão”, afirmou.
Novas moradias, novos empregos
Para o diretor adjunto da Agência, Claudio Marques, o grande interesse da população campo-grandense em obter acesso a novas modalidades no âmbito da habitação de interesse social, ficou evidente durante o 5º Feirão Habita Campo Grande, realizado em novembro de 2021, quando a Amhasf convocou 13.440 inscritos que tiveram interesse nessa modalidade de financiamento facilitado, especificamente para o Condomínio Belas Artes. “Esse panorama atesta o potencial significativo por novas demandas de habitações nesse formato e ainda sinaliza mais investimentos para a Capital, em parceria com o Parque Privado”, disse.
Segundo Claudio, o andamento das obras será acompanhado pela equipe técnica da Diretoria de Habitação e Programas Urbanos da Amhasf por meio de uma Comissão de Monitoramento e Acompanhamento de Obras. “Todas as famílias que se enquadram no Grupo 2 estão sendo encaminhadas à Amhasf para atendimento individualizado. Este acompanhamento das obras se dará em conjunto com a Caixa e ainda há o seguro da área doada pela Prefeitura, no valor de 20 milhões de reais, o que concede segurança ao município para a conclusão da obra”.
Já a prefeita, Adriane Lopes, destacou o caráter inovador do empreendimento. “ Comprometido com o bem-estar dos beneficiários e também da população ao redor. Haverá 42 lojas que serão implantadas na área externa para atender comercialmente toda a comunidade”, acrescentou.
Para o superintendente da Caixa Econômica Federal, Ederson Negri, este é um projeto especial com a Prefeitura, em que envolve a doação de área pública e, por isso, de grande interesse para a população. “Pela primeira vez na história da Caixa, um empreendimento com esse porte, que comporta um número expressivo de unidades habitacionais, será construído no menor espaço de tempo já registrado pela instituição. Isso abre precedentes para outras soluções de mercado e faremos o possível para ajudar o município”, assegura.
Os 214 apartamentos restantes do total de 792 unidades do Condomínio Belas Artes, serão de livre comercialização pela empresa vencedora do certame, a fim de atender à demanda do mercado imobiliário da Capital por meio da iniciativa privada. A previsão de término da construção deste módulo é de 36 meses.
Com informações da Prefeitura de Campo Grande, MS