Filha de Aroldo Figueiró detalha planos políticos e carreira do pai na Engenharia Civil
Aroldo Figueiró faleceu em 2020 e deixou legado de ensinamentos e bondade aos filhos e netos
Por Redação
“Muito honrada por ter sido filha dele”. É assim que a neuropsicopedagoga Sophia Gomes Figueiró define ao lembrar do pai, o engenheiro civil e ex-candidato a prefeito de Campo Grande, Aroldo Abussafi Figueiró. Para a filha, o pai era criativo e via o mundo de maneira leve.
O engenheiro civil faleceu em 2020, aos 67 anos, por complicações cirúrgicas. Neste mesmo ano, pai e filha lançariam juntos um Curso de Acessibilidade. “O curso estava praticamente pronto. Eu trabalho com cursos on-line de capacitação e tenho duas plataformas”, explica. O sonho do pai, relembra Sophia Figueiró, era ser eleito como prefeito da Capital. “Tinha planos visionários para Campo Grande e era muito indignado com a administração pública como um todo. Meu pai via muitas possibilidades e não entendia como as pessoas colocavam os próprios interesses acima da dignidade humana”.
Além de candidato a prefeito em 2016, onde obteve 3.261 votos válidos, Aroldo Figueiró também foi, por vários mandatos, conselheiro do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea/MS). Fora da carreira, a filha lembra do pai com muito carinho. Segundo a neuropsicopedagoga, era exemplo de “retidão e caráter” e educou os filhos a sempre deixarem “contribuição na vida das pessoas”.
Na carreira de engenheiro civil, possuía o sonho de construir mais um condomínio. A filha lembra que Aroldo Figueiró “resolvia qualquer problema de engenharia com a facilidade que um menino monta um carrinho de Lego”. O engenheiro possuía um outro lado sensível e escrevia poesias. Um de seus trabalhos foi o poema “Amando”, publicado em maio de 2009.
“Ele era bem diferente dos “homens normais. Vivia num universo paralelo, um mundo à parte. Confiava demais nas pessoas e pagou muito caro por isso. Também era extremamente criativo e com uma inteligência fora do normal”, recorda. Como artista, definia-se como “um poeta de rima pobre e sentimento rico”.
Aroldo deixou a esposa, cinco filhos e oito netos, nos quais era grudado. “Ele sempre vinha ver minha filha, toda semana, era muito grudado com ela, assim como era comigo”, conta Sophia Figueiró.