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Quanto mais vias de transporte, maior competitividade

Na edição de Abril, publicamos uma reportagem sobre a rodovia que sai de Villa Montes em direção a Assunção, cruzando a fronteira em Ibibobo e Infante Rivarola; três meses depois e a pedido de nossos assinantes, voltamos a focar na relação boliviano-paraguaia mas desta vez, buscando e propondo outra estrada que seja justamente de Roboré e Aguas Calientes (lado boliviano) para ligar o país vizinho, com a comunidade produtiva de Agua Dulce no departamento de Alto Paraguai e daí em direção ao Atlântico.

Como essa interconexão nos beneficia? É fácil de entender. Com a conclusão da referida rodovia, a região de Chiquitana pode ser enriquecida, transformando Roboré em um importante nó logístico trinacional que ligaria o sul ao Paraguai. A oeste já está ligada ao interior da Bolívia e a leste pela rodovia com Corumbá, enquanto pelo porto de Busch chega à sua saída soberana para o Atlântico pela hidrovia Paraguai-Paraná. Ao norte, há uma rodovia que sai de San José de Chiquitos e que passa por San Ignacio de Velasco e chega a Vila Bela no Brasil.

A conexão de Chiquitania aos quatro pontos cardeais, fazem desta região um território privilegiado, para uso turístico de visitantes paraguaios e brasileiros, bem como nacionais; mas não só isso, se também habilitarmos o porto de Busch para um maior trânsito de cargas com a construção de trechos rodoviários e ferroviários que o complementam, será possível desenvolver ainda mais o agronegócio boliviano, como afirmou Fernando Tuma em parte de sua entrevista.

Em todas as áreas existe competição, o benéfico é que nos induz a sermos mais competitivos, fator que por sua vez aumenta nossas possibilidades de desenvolvimento. Nesse entendimento, os diversos artigos que ora publicamos são complementares entre si, visando o aperfeiçoamento do sistema logístico boliviano, com entrevistas exclusivas com personalidades nacionais e estrangeiras envolvidas no assunto. Embora estejamos a concentrar-nos nas questões rodoviárias, fluviais e marítimas (por questões espaciais), em breve aterraremos na logística aérea e ferroviária.

O diretor

*Tradução da revista eletrônica: Logística & Negocios Internacionales. Ed. 38

*Disponível em: https://logistica-ni.com/edicion-38/

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